Nuno Pereira, CFA, da Sixty Degrees, e Daniel A. Nicholas, da Harris Associates (Natixis IM), estiveram à conversa sobre o que implica o investimento value no atual contexto.
Muito se tem falado sobre a rotação do growth para o value, e nada melhor do que dois gestores adeptos deste estilo de investimento estarem à conversa sobre o assunto. Foi o que aconteceu durante meia hora, quando Nuno Pereira, CFA, responsável de Investimentos e partner na Sixty Degrees, se sentou virtualmente com Daniel A. Nicholas, client portfolio manager na Harris Associates (Natixis IM).
Obviamente que a conversa começou pelo tema do foco no value, e Nuno Pereira admitiu mesmo que tem investido neste estilo desde o início do ano. Conservadores na forma como investem, admitiu que tem sido “um pouco difícil” encontrar este tipo de títulos, pois “os mercados estão um pouco divididos”. Junto do profissional da Harris Associates, o gestor nacional quis saber, por exemplo, como os gestores se devem posicionar perante aquela que pode ser uma nova definição de value.
“A correlação entre o value o growth costuma ser cíclica, e acredito que hoje em dia a mesma definição de value continua a ser aplicável (a criada por Benjamin Graham), ou seja, aquela que definia o value como a margem de segurança no investimento. O que temos de fazer é encontrar os negócios onde isto valha a pena, e apenas comprar com desconto quando vale de facto a pena. O que tem mudado ao longo do tempo, isso sim, é a forma como se define margem de segurança”, introduziu Daniel A. Nicholas.
Abrimos-lhe então o apetite para esta interessante troca de ideias entre os dois profissionais, onde abordam ainda tópicos como: identificar e evitar as value traps, a intersecção do setor tecnológico e das tecnológicas no setor bancário e financeiro e a curiosidade sobre se haverá um Reddit para as empresas value.
A resposta a estas perguntas no vídeo abaixo, ou então no podcast:
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