Onde comprar o seu risco

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TRIBUNA de Nick Hayes, gestor do AXA WF Global Strategic Bond Fund e responsável de Active Fixed Income Allocation and Total Return, AXA IM. Comentário patrocinado pela AXA IM.

Todos conhecemos pessoas com diferentes abordagens ao risco. Alguns de nós gostamos de assumir riscos físicos na procura por um pico de adrenalina, enquanto outros assumem riscos de investimento ao perseguir ações “quentes”. A maioria da população, suspeitamos, fica-se pelo sofá, e não há nada de inerentemente errado nisso.

Porém, no mercado atual, podemos ir mais longe e afirmar que os investidores não têm a opção de ficar seguros no “sofá”; se quiserem retornos, têm de assumir algum risco. Mas podem escolher quais os riscos que querem assumir. O nosso artigo é sobre onde pensamos que o balanço entre o risco/retorno é mais atrativo no fixed income, atualmente.

Numa estratégia de obrigações “go-anywhere” global, há duas formas de assumir risco. A primeira é a mais óbvia: onde investimos e quais os riscos associados. A segunda vem através de menos proteção no portefólio, quer seja por via a obrigações soberanas ou a hedges específicos do portefólio.

De high yield e híbridos

Falaremos das coberturas do portefólio em seguida, mas onde encontramos valor neste momento é no investment grade de baixa qualidade e no high yield de elevada qualidade. Começando por este último, as obrigações high yield americanas são uma das nossas áreas preferidas de fixed income atualmente. Há maior diversificação para ser encontrada no high yield dos EUA face ao seu equivalente europeu menos alavancado, particularmente no espaço do rating CCC. Consideramos que há valor no mercado na parte curta do espectro de maturidade, especialmente quando comparamos high yield dos EUA com investiment grade de elevada qualidade.

Regra geral, vimos um pico mínimo de yield próximo dos 5% no high yield dos EUA no ciclo pré-COVID. Na sequência da resposta monetária à COVID-19, acreditamos que o mínimo de yield caiu e, de facto, passou pelo nível dos 4% recentemente. O spread entre o tesouro  dos EUA e as obrigações high yield tem algum caminho a percorrer antes de atingir mínimos históricos, para que haja mais espaço para gerar rentabilidades através da maior apreciação de preços, tal como a yield extra que se obtém sobre ativos mais seguros.

No espaço do investment grade, temos vindo a adicionar recentemente obrigações corporativas híbridas. Estas têm geralmente yields mais elevadas do que as obrigações tradicionais porque o emitente tem mais opções à volta da call date e do pagamento do cupão. Para além da  yield mais elevada, também pensamos que há potencial para algum estreitamento do spread à medida que as obrigações híbridas alcancem o estreitamento atual visto em todos os mercados de fixed income em geral.

Temos adicionado híbridas principalmente nos setores das telecomunicações e serviços, parcialmente por definição, mas também porque estas empresas têm tendência a emitir a dívida mais híbrida. As telecomunicações e os serviços têm tendência a ter retornos estáveis, que ajudam a dar confiança aos investidores de que devem emprestar a estas empresas de boa qualidade que emitem obrigações numa estrutura mais subordinada. Aqui, como sempre, a análise de crédito fundamental é crítica para assegurar que emprestamos a empresas cuja presença nos sentimos confortáveis em ter no portefólio.

Tirar o pé do travão

A outra forma de assumir mais risco é garantir que temos menos proteção. Nos últimos meses, temos gradualmente reduzido o tamanho da nossa posição em credit default swap (CDS), fechando a posição inteiramente em fevereiro. Os sinais de mercado de curto prazo conduzidos pelo momentum à volta do “reflation trade” indicavam que era uma boa altura para retirar esta posição, e podemos facilmente assumir a posição novamente se sentirmos essa necessidade. Ao tirar a nossa posição em CDS, tirámos efetivamente o pé do travão do risco de spread, para permitir ao portefólio gerar retornos mais rapidamente.

Conscientes dos riscos, mas deixamos o portefólio fluir

Há muito para falar relativamente ao fixed income atualmente. Enquanto permanecemos conscientes dos riscos nos mercados e do quão frágil a economia se mantém, nesse intervalo podemos tirar mais risco e aumentar os retornos de forma gradual.

Há muita coisa a monitorizar nos próximos meses, e atravemo-nos a dizer que vamos escrever a nossa opinião sobre as obrigações soberanas num futuro próximo. High yield e híbridas são as nossas áreas favoritas dentro do fixed income de maior risco por agora, enquanto procuramos gerar retornos para 2021.

O investimento envolve riscos, incluindo a perda de capital. Em particular, o fundo também está exposto a alguns riscos específicos, como risco de contraparte, risco operacional, risco de liquidez, risco de crédito e o impacto de quaisquer técnicas, como derivados, que também podem envolver alavancagem e, portanto, podem aumentar o efeito dos movimentos do mercado no fundo.

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