2023 marca a reorganização da estrutura societária da GNB Gestão de Ativos, ano em que as comissões líquidas cresceram apenas na gestão discricionária

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Créditos: Jesse Gardner (Unsplash)

O ano de 2023, para a GNB Gestão de Ativos, ficou marcado por reorganização. A entidade conta, no seu relatório e contas referente àquele ano, que concretizaram "a reorganização societária por via de uma fusão, tendo a GNB FM incorporado a GNB Gestão de Ativos SGPS, a GNB Gestão de Patrimónios e a GNB Real Estate, passando a designar-se GNB Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A. (GNB GA)".

Segundo a entidade, a "criação de uma estrutura de gestão única para as diferentes linhas de negócio visa a simplificação dos processos de tomada de decisão, a otimização do planeamento estratégico e da abordagem aos diferentes segmentos de mercado, bem como uma maior capacidade de prossecução de uma estratégia de crescimento e de gestão eficiente das sinergias de uma estrutura mais integrada".

Reorganização também no Luxemburgo

O processo de otimização não se ficou por aqui, e estendeu-se à oferta de fundos no Luxemburgo. Explicam que aí a "entidade optou por focar-se na atividade onde pode acrescentar mais valor: a gestão das carteiras de investimentos dos fundos oferecidos". A estrutura de suporte no Luxemburgo passou então "a ser suportada por uma entidade subcontratada, o que permite obter uma afetação de recursos mais eficiente".

Em termos de performance, a GNB Gestão de Ativos fechou 2023 com um resultado de 2 494 milhares de euros, o que, segundo o seu relatório e contas da entidade, reflete um decréscimo de 45,89% face ao mesmo período de 2022. No final do exercício de 2023, o volume global de ativos sob gestão da entidade era 7.830 milhões de euros, englobando assim "toda a atividade de gestão de ativos desenvolvida pela GNB GA e a sua subsidiária GNB FP, o que representa um decréscimo de 1,69% face ao ano", escrevem no documento.

Relatório & Contas da entidade, 2023

O decréscimo face ao ano anterior é justificado pela entidade "sobretudo pela redução nos fundos mobiliários de -33,13%, por via do impacto da alteração da gestão dos fundos do Luxemburgo para uma entidade subcontratada".

Fundos mobiliários e imobiliários: decréscimo nas comissões

A queda de mais de 40% nos resultados, a entidade justifica por outros dois fatores. Por um lado, pela redução da rubrica serviços a clientes, em 2 286 milhares de euros, "resultado da evolução das comissões líquidas" de duas das áreas de negócio. A área dos fundos mobiliários foi uma delas, com uma redução das comissões de gestão líquidas de 471 milhares de euros. No caso da área de fundos imobiliários, as comissões de gestão líquida, por sua vez, registaram um decréscimo de 1 454 milhares de euros.

Comissões líquidas crescem na gestão discricionária

Na área de negócio da gestão discricionária o sentido foi inverso. Apresentaram "um ténue crescimento nas comissões líquidas de 62 milhares de euros, por via da evolução positiva dos ativos sob gestão".

No mesmo sentido, as comissões de performance apresentaram também um acréscimo de 211 milhares de euros, justificada pela performance dos fundos mobiliários em 2023.