Estes instrumentos apresentam-se frequentemente como uma solução para uma gestão fiscal e patrimonial mais eficiente. Contudo, há que lembrar que têm um custo.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
No chart of the week desta semana partilhamos um gráfico publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado de 2022. Este mostra a evolução dos rácios de comissionamento e de rentabilidades dos seguros ligados (unit linked), no período de 2018 a 2022.
Os números apresentados são calculados, respetivamente, como o rácio entre as comissões de gestão cobradas e o montante de ativos no início do período e o rácio entre a soma dos rendimentos financeiros e das valias potenciais e o montante de ativos no início do período.
Estes instrumentos apresentam-se frequentemente como uma solução para uma gestão fiscal e patrimonial mais eficiente, como ficou ainda mais evidente depois de um recente parecer vinculativo da Autoridade Tributária. Contudo, há que lembrar que têm um custo. Fica evidente no gráfico que há que equilibrar o retorno esperado a longo prazo do portefólio que integra a estrutura com o custo que esta implica. O unit linked tem uma fiscalidade mais atrativa com o passar do tempo, mas esse benefício incide sobre a rentabilidade. O custo incide sobre a totalidade da carteira.
Como mostra o gráfico, as comissões de gestão cobradas revelam-se estáveis ao longo do período contemplado, rondando os 0,7% dos ativos sob gestão. Por outro lado, os seguros unit linked registaram uma rentabilidade média (média simples) no “quinquénio em análise de -0,8%, fortemente prejudicada pela performance menos positiva dos mercados financeiros em 2022”, como indica a ASF no relatório.