O investimento direto em dívida pública e privada continua a reinar. Os fundos de investimento ganham peso nas carteiras relacionadas com os seguros PPR.
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O ano de 2023 teve um impacto ligeiramente negativo no volume total das carteiras de investimento do universo segurador nacional, segundo os dados divulgados recentemente pela ASF. Este total contraiu 0,7% para 50,41 mil milhões de euros, mas resultou apenas da contração dos montantes associados a seguros de vida não ligados, a única rubrica que contraiu, em termos de volume, no ano passado (-9%). As restantes rubricas, seguros de vida ligados, não vida e os fundos dos acionistas cresceram 4,5%, 10,5% e 15,3%, respetivamente, em volume.
Já no que respeita à alocação destas carteiras, não vemos variações muito significativas no período em análise. As obrigações de dívida pública continuam a dominar as carteiras, arrecadando 37% do total, seguidas das emissões de dívida privada com 25%.
Os fundos de investimento são a terceira rubrica mais relevante, muito embora não seja divulgada a desagregação por categoria. Estes veículos de investimento recolhem mais de 10,7 mil milhões de euros de investimento, o que representa cerca de 9% da alocação, em linha com o ano anterior. É no segmento dos seguros de vida ligados que os fundos de investimento são mais relevantes, absorvendo mais de quatro quintos dos fundos refletidos nos balanços das seguradoras nacionais e com um peso de 52% nas carteiras deste segmento.
Composição das carteiras de investimento
Seguros PPR
Do total anterior, de mais de 50 mil milhões de euros, 14,23 mil milhões dizem respeito a carteiras relacionadas com os seguros PPR, sejam eles ligados ou não ligados, um montante que recuou 3,76% face ao ano anterior. Aqui vemos também uma grande ponderação da dívida pública e dívida privada, de forma ainda mais acentuada do que a média das carteiras do universo segurador (45% e 31%, respetivamente).
Vemos, no entanto, variações mais marcadas na alocação em 2023. As obrigações de dívida pública perderam peso (dois pontos percentuais), bem como a liquidez (numerário e depósitos, em um ponto percentual). Por outro lado, os fundos de investimento ganharam preponderância, agregando agora 2,1 mil milhões de euros ou 15% do total.