A amplitude da alocação das gestoras de fundos mobiliários a fundos estrangeiros

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japeye. Flickr. Creative Commons

Considerando o universo de fundos mobiliários nacionais geridos por entidades associadas da Associação Portuguesa de Fundos Pensões e Patrimónios (APFIPP) e considerando que este universo é representativo de uma parte significativa do mercado, vemos que o montante de unidades de participação de fundos de investimento internacionais nos fundos de investimento domiciliados em Portugal ascende aos 3,6 mil milhões de euros com referência ao final de agosto de 2019. Este montante representa cerca de 30% dos AuM das entidades associadas, muito embora as leituras individuais variem entre os 0% - da Dunas Capital, por exemplo -, e os 72% da Popular Gestão de Ativos. Optimize IP e Santander AM, com 49% do património em fundos estrangeiros são, a seguir à Popular GA, as entidades que mais ativos alocam a gestão de entidades terceiras internacionais. O peso dos fundos de alocação na oferta destas entidades justifica estas leituras elevadas.

Em termos absolutos, a Caixagest é a entidade que mais AuM tem em fundos internacionais, com 1,18 mil milhões de euros - 33% do total em Portugal e 28% do total de ativos sob a alçada dos seus fundos - seguida pela Santander AM, com 1,05 mil milhões de euros (29% do total em Portugal). 

A IM Gestão de Ativos, a maior gestora independente nacional, surge nesta tabela com 702 milhões de euros, enquanto a segunda maior entidade gestora nacional, a BPI Gestão de Activos, aloca 449 milhões de euros a fundos internacionais, apenas 17% do total de ativos geridos. 

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