A atual estrutura da Baluarte Wealth Advisors e o reforço de posicionamento em ações

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Pedro Silveira Assis, Rita González, Fernando Castro Solla e Miguel Cordovil. Créditos: Vítor Duarte

O caminho da Baluarte Wealth Advisors no mercado nacional já conta com sete anos. Em 2014 aparecia então a sociedade de consultoria para investimento encabeçada por Pedro Silveira Assis, numa altura em que, como o próprio relatava à FundsPeople, o mercado tinha reunido condições para abrir portas a este tipo de entidades financeiras.

Agora, os sócios são quatro, após a entrada recente de Fernando Castro Solla. O balanço destes anos é positivo, mas também muito consciente da curva de crescimento traçada. “Refletindo sobre os sete anos decorridos desde o início da nossa atividade comercial, em 2015, recordamos um ritmo de aquisição de clientes relativamente lento no início, quando ainda era necessário explicar as vantagens de uma empresa de investimento com as características de um multi-family office, detido e gerido por uma equipa independente, com as vantagens que um modelo de advisory tem sobre a gestão discricionária. Esses tempos contrastam claramente com a fase de rápido crescimento que vivemos agora, quando o modelo já é bem conhecido.”, começou por dizer Pedro Silveira Assis, sócio-administrador da entidade, numa conversa com a FundsPeople.

Nos primeiros anos, a área de aconselhamento financeiro – Advisory - foi o core da entidade, mas depois a expansão foi inevitável. Abriram uma área de negócio de Corporate Finance e M&A, que também se adaptou aos novos tempos. Se numa primeira fase eram os clientes de advisory que a compunham, hoje em dia o cenário mudou. “Apesar das claras sinergias que existem entre os dois serviços, e que justificaram começar por prestar serviços de corporate finance e M&A às empresas de alguns clientes de advisory, a pedido destes, atualmente a maior parte dos nossos clientes nesta área não são relacionados com a nossa base de clientes de advisory”, explica o profissional.

Quarto sócio da entidade

O que não mudou foi a forma como a Baluarte entende a sua organização interna. Tal como acontecia em 2014, a entidade continua a ser societariamente detida e gerida pelas pessoas que nela trabalham. “Isso dá-nos um grande alinhamento de interesses com os nossos clientes”, sublinhou Pedro Silveira Assis, antes de explicar o racional de entrada do quarto sócio. A Rita González, Miguel Cordovil e Pedro Silveira Assis (na fotografia) juntou-se, recentemente, na qualidade de sócio de capital, Fernando Castro Solla - profissional com vasta experiência na indústria financeira. “A experiência de gestão de investimentos do Fernando, que é longa e repleta de êxitos, e a sua competência específica na gestão de carteiras de ações, onde tem um dos mais longos track records em Portugal, são complementos muito importantes para o comité de investimentos da Baluarte, composto por profissionais com mais de 25 anos de experiência em gestão de ativos financeiros.”, explicou Pedro Silveira Assis.

Posicionamento em ações reforçado

Com a chegada de Fernando Castro Solla, “a gestão da componente de ações nas carteiras sairá certamente beneficiada, tanto nas carteiras directamente investidas em títulos, semelhantes àquelas que o Fernando geria antes de se juntar à Baluarte, como também nas investidas através de fundos de acções, cuja selecção sairá reforçada com o seu contributo”, adicionou o responsável.

Para Fernando Castro Solla, por seu lado, dar continuidade ao que a Baluarte já faz é algo muito importante. “Não pretendemos reinventar a roda. Podemos adicionar este expertise que agora fica disponível, mas vamos continuar com as metodologias que a Baluarte já tinha”, atesta.

Decisões de negócio

O futuro da entidade, contam, continuará focado nas duas áreas expostas acima – Investment Advisory e Corporate Finance e M&A. Essa é a estratégia que a entidade quer continuar a seguir e, por isso, descartam a possibilidade de entrarem noutro segmento de negócio ou de estarem ligados a algum instrumento específico. “Não temos uma prateleira à qual vamos buscar produtos próprios, ou previamente seleccionados, para colocar nas carteiras dos clientes. Temos total liberdade para olhar para todos os produtos existentes no mercado em cada momento, independentemente de quem os produz e distribui, e escolher os que forem mais adequados para os nossos clientes, com a vantagem de termos todo o interesse de negociar o seu custo para o valor mais baixo possível, dado que, ao contrário de outros intermediários financeiros, não recebemos qualquer parte das comissões cobradas nesses produtos ”, concluiu Pedro Silveira Assis.