Claudio Salinardi, diretor da Thomson Reuters para os mercados obrigacionistas, mostra o que se pode esperar nos próximos anos no mercado de obrigações.
Por ocasião da apresentação do Thomson Reuters EIKON, a nova plataforma da Thomson Reuters para a análise dos mercados e para trading, Claudio Salinardi, diretor da Thomson Reuters para os mercados de obrigações, falou à Funds People sobre o que esperar desse mercado nos próximos tempos.
O que é a Thomson Reuters EIKON
A Thomson Reuters EIKON é a nova plataforma financeira, que ajuda os analistas, os investidores e os demais interessados a fazer trading e a analisar o mercado de “forma simples, intuitiva e optimizada”, segundo as palavras do diretor Claudio Salinardi. “Maior intereção, maior facilidade de obter dados e ainda a utilização de chats para trocar de informação”, são algumas das prioridades da Thomson Reuters EIKON.
China, o toiro enraivecido
A China é um mercado apetecível neste momento. Com a ideia de tornar o yuan renmimbi uma moeda mais forte e com mais presença a nível mundial, já se começaram a fazer emissões no mercado de obrigações nessa moeda a nível mundial. Também a abertura, em Hong Kong, da primeira praça para investimentos em moeda chinesa, mostra que a vontade existe e que o primeiro impulso foi dado.
Assim, mostra que os “investidores, na China, são muito ambiciosos, com uma grande perspetiva futura dos seus investimento”, afirma o especialista. Deste modo, não é difícil afirmar que “a China encontra-se, neste momento, num movimento bullish e que existem, também, muitos investidores estrangeiros no país”, continua Claudio Salinardi.
“Nos próximos anos, o país precisa de infraestruturas o que poderá ajudar os investimentos no sector da construção, não descurando o consumo”, conclui o especialista.
Aposta mundial
“Entre Europa, Estados Unidos da América e os países emergentes, a minha escolha, em termos de fixed income, vai para os Estados Unidos. Porquê? Porque são os maiores players mundiais, com a economia consolidada”, explica o diretor da Thomson Reuters.
“A Europa ainda vive um problema de dívida soberana que se poderá arrastar aos bancos. Já os países da emergentes serão os big players nos próximos anos, no entanto, o crescimento não está estável na maior parte dos países, como é o caso do Brasil”, continua Claudio Salinardi.
Em relação à Rússia, o especialista é mais incisivo, misturando a política com a economia, afirmando que “apesar de ser um mercado libertador, a Rússia tem apenas 7% de investidores estrangeiros. O país precisa de mais abertura política, para conseguir atingir mais objetivos”.