A distribuição dos fundos de investimento nas carteiras das seguradoras por categoria e geografia

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Créditos: Diana Polekhina (Unsplash)

Revelámos recentemente que o Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2020 da Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) evidenciava o crescimento significativo da alocação das carteiras das companhias seguradoras nacionais a unidades de participação de fundos mobiliários.

Aprofundando a análise, olhamos também para o detalhe e desagregação dessa alocação por categoria de fundos e geografia de domicílio. 

Sobre a primeira, no final de 2020, a ASF releva que se registou um “aumento do peso da componente obrigacionista (3,2 pontos percentuais) por contrapartida de decréscimos de ações e hedge funds (menos um e -2,4 pontos percentuais, respetivamente). Esta evolução reflete sobretudo as variações registadas nas carteiras Unit Linked e Não Vida, e confirma a tendência global observada em 2019”.

No entanto, a distribuição não é uniforme nas diferentes tipologias de carteiras do setor segurador. Vemos, por exemplo, que os fundos de ações têm um peso muito relevante nas carteiras Unit Linked, enquando que os de obrigações dominam as restantes. O ramo não vida é aquele que aloca mais a fundos do mercado monetário, enquanto que os hedge funds têm uma ponderação mais relevantes nas carteiras não vida e unit linked. 

No que respeita à distribuição geográfica “observou-se, no total das empresas de seguros, um novo decréscimo dos fundos portugueses (-1,4 pontos percentuais), essencialmente por contrapartida de fundos sediados no Luxemburgo (1,7 pontos percentuais), o que reforça, assim, a posição maioritária destes últimos”, dizem da ASF. 

Os fundos portugueses têm a menor relevância nas carteiras unit linked. Nas restantes, ultrapassam os 18% de ponderação.