Com uma abordagem multissetorial e global, o fundo centra-se em empresas que lideram ou beneficiam de tecnologias inovadoras como a IA, a robótica e a biotecnologia, oferecendo uma proposta de investimento diferencial.
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A tecnologia disruptiva, segundo a BNP Paribas AM, refere-se às inovações com o potencial de transformar radicalmente indústrias internas e mudar a forma como vivemos e trabalhamos. O fundo BNP Paribas Disruptive Technology, com Rating FundsPeople 2024, foca-se em empresas que facilitam ou beneficiam destas tecnologias inovadoras, tais como a IA, a robótica, a biotecnologia e a energia renovável. Derek Glynn, gestor associado e responsável dos Setores da Tecnologia da Informação e Serviços de Comunicação na equipa de Ações Americanas da BNP Paribas AM, partilhou com a FundsPeople detalhes sobre a estratégia e a abordagem do fundo de tecnologia disruptiva que gere. Derek destacou vários elementos-chave que distinguem este fundo de outros no mercado.
Um fundo temático com flexibilidade global
O fundo carateriza-se por ser temático, multissetorial e global. “Temos muita flexibilidade em termos daquilo em que podemos investir, porque acreditamos que há mais empresas para além das tecnológicas dos EUA que vão beneficiar de muitos dos temas em que nos focamos”, clarifica Glynn. Isto permite que o fundo explore oportunidades em diversas regiões e setores, mantendo um horizonte de investimento a longo prazo. “A nossa média de rotação tende a ser inferior a 30% numa base de ativos sob gestão (AuM) e abaixo de 20% numa base de nomes”, acrescentou.
Desde que Pam Hagerty assumiu a sua gestão como gestora principal em 2017, o fundo tem mantido uma abordagem relativamente consistente em cinco ou seis temas-chave. O mais importante atualmente é a IA. Segundo comenta Derek Glynn, “cerca de 85% dos nossos ativos geridos podem ser mapeados para a IA, o que inclui tanto os beneficiários da IA como os líderes em IA”. Além disso, outros temas importantes incluem a transição para a nuvem e as tecnologias fundamentais, como os semicondutores, as empresas de hardware e as empresas de software e de cibersegurança.
Segundo comenta Derek, o fundo é realmente uma proposta distinta da dos seus concorrentes. “Recentemente, fizemos uma análise de participações cruzadas entre a nossa estratégia e a dos nossos homólogos, e temos um número significativo de participações que nenhum deles possui, e isso deve-se aos nossos investimentos em empresas industriais, consumo e no setor da saúde”.
Estratégia de seleção de ações
A seleção de ações é um componente fundamental da estratégia do fundo. Derek enfatizou a importância de escolher títulos específicos com vantagens competitivas, como efeitos de rede, economias de escala e elevados custos e câmbio. “Queremos evitar as empresas que estão a perder vantagem competitiva e aquelas que estão a ser desintermediadas, pois estão sujeitas a muito risco competitivo. Queremos investir nas empresas em que acreditamos que poderão ter um modelo de negócio sólido e competitivo a longo prazo”, explicou.
O fundo distingue-se pela sua diversificação multissetorial e pelo seu foco na qualidade. “Não estamos apenas enviesados para a tecnologia, a abordagem é realmente multissetorial, global e multitemática, com um foco em ESG diferente”, destaca. Esta diversificação, juntamente com uma estrita disciplina de valorização, permitiu que o fundo alcançasse um retorno ajustado ao risco sólido. “Não vamos seguir o entusiasmo. Não vamos pagar em excesso por uma ação se a considerarmos sobrevalorizada atualmente”, afirmou.
Oportunidades e desafios futuros
Derek Glynn também discutiu as oportunidades emergentes em áreas como a computação na nuvem e a IA generativa, bem como os riscos associados à incerteza macroeconómica e às tensões geopolíticas. “Observamos uma corrida ao armamento da IA, com os principais fornecedores de serviços na nuvem a gastar grandes quantidades de dinheiro em despesas de capital”, afirmou, destacando o potencial de crescimento a longo prazo nestas áreas. Segundo comentou, o fundo prevê uma oportunidade plurianual na transição para a nuvem e na IA, impulsionada pela despesa dos principais fornecedores da nuvem em centros de dados e iniciativas de energia verde.
Com um horizonte de investimento a longo prazo e uma estratégia bem definida, o fundo está bem posicionado para capitalizar as oportunidades no dinâmico e em constante evolução setor tecnológico e para além dele.
