A evolução da alocação nas carteiras das Seguradoras

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Werewolfmayer, Flickr, Creative Commons

Numa recente Intervenção do Presidente da ASF, José Figueiredo Almaça, na COFMA (Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa) foram referidos alguns indicadores de mercado, nomeadamente sobre a alocação das carteiras Ramo Vida e Não Vida das seguradoras.  

Sobre o Ramo Vida é referido que o valor das carteiras decresceu cerca de 3,1% em 2015, totalizando 43,5 mil milhões de euros.

No que toca a alocação de ativos desta área podem tirar-se algumas conclusões. Relativamente ao investimento em dívida pública entre 2013 e 2015, o pico de maior exposição foi alcançado no final de 2014, altura em que estes portfólios tinham uma percentagem de 37% investido no ativo. Em ritmo ascendente no período, aparecem por exemplo as ações: a exposição a estes ativos evoluiu de 1% em 2013, para 3% em 2014 e 7% no final de 2015.

De denotar também que os fundos de investimento mantiveram ao longo dos anos em análise uma preponderância estável, perfazendo no final de cada ano 10% das carteiras.

Composição da carteira de investimentos – Ramo Vida

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Fonte: ASF

No Ramo Não Vida  - cujo valor em carteira cresceu cerca de 1%, atingindo os 6,3 mil milhões de euros em 2015 – observa-se uma situação distinta, em que a dívida pública atingiu a menor exposição no final de 2014, altura em que perfazia 25% dos portfólios. A este nível sublinha o grande investimento que foi sendo feito em ações: a exposição a estes ativos subiu de 5% em 2013, para 14% em 2014 e 13% em 2015. A alocação a fundos de investimento, por seu turno, decaiu nos três períodos em análise, passando de 9% em 2013 para os 6% de 2015.

Composição da carteira de investimentos – Ramo Não Vida

 

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Fonte: ASF