“A função desempenhada pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões tem contribuído para a salvaguarda da estabilidade financeira”

FP-102
Vítor Duarte

Os primeiros seis meses de 2015 foram de crescimento  para os fundos de pensões em Portugal. A informação mais recente divulgada pela ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) no seu relatório trimestral demonstra que no final de junho os produtos tinham sob gestão 17,9 mil milhões de euros, o que configura um crescimento de 2,2% face a dezembro de 2014.

Dívida: o maior investimento 

No que toca à composição das carteiras, pouco mudou nos portfólios dos fundos. A dívida pública continua  a ser o ativo que mais peso tem nas carteiras dos fundos de pensões, perfazendo 29% do total de investimentos.  Na globalidade, os fundos de pensões tinham, no final de junho,  um peso de 46% de títulos de dívida. Comparando com dezembro de 2013 o dinheiro aplicado nestes mesmos instrumentos já cresceu 12,6%.

A este respeito, José Figueiredo Almaça, presidente da ASF, destacou durante a apresentação dos relatórios “a função desempenhada pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões, enquanto grandes investidores institucionais”, que “tem contribuído sobremaneira para a salvaguarda a estabilidade financeira”. Destacou por isso que “o investimento em dívida pública nacional – que no final de 2014 se situava próximo dos 10 mil milhões de euros – aumentou no primeiro semestre em cerca de 10%”.

Também as contribuições para os fundos de pensões estiveram em rota crescente, ascendendo a 380 milhões de euros, registando um acréscimo de 4,3% comparativamente com o período homólogo.

No que toca aos PPR destaca-se um aumento de 3% no seu montante gerido face ao mesmo período de 2013, com as provisões a situarem-se próximo dos 14 mil milhões de euros, “consolidando o importante papel do sector na captação e rentabilização dos aforradores”.