Um estudo da ESMA deixa especialmente evidente o efeito penalizador da inflação na classe de ativos de obrigações, onde menor risco é associado a menores retornos.
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No seguimento do mandato que a ESMA recebeu da Comissão Europeia a autoridade supervisora europeia reporta no relatório estatístico anual intitulado “Performance and Costs of EU Retail Investment Products”, o desempenho real líquido dos UCITS, tendo em conta os custos da inflação (com dados fornecidos pelo Eurostat).
- A inflação é exógena para os gestores de fundos.
- A inflação está relacionada com o domicílio do fundo e não com o domicílio do investidor. “Isso tem implicações notáveis quando passamos do agregado da UE para o nível nacional. Quando consideramos os fundos transfronteiriços, a inflação tida em consideração refere-se apenas ao domicílio do fundo e não ao domicílio do investidor”.
A ESMA reporta que, “como um custo externo, a inflação atua de forma semelhante em todas as classes de ativos e assume a maior parcela dos custos totais. Em média, em todas as classes de ativos e horizontes de investimento, a inflação é responsável por mais de 50% dos custos totais, com os ongoing costs a reduzir-se para 40% do total”
Desta forma, para as diferentes categorias e em horizontes de três e sete anos, a ESMA mostra, nos gráficos abaixo, como comparam os diferentes países europeus e o quanto a inflação pesa no retorno real líquido do investidor.Apesar da heterogeneidade que carateriza a oferta em cada país, fica especialmente evidente o efeito penalizador da inflação na classe de ativos de obrigações, onde menor risco é associado a menores retornos.