Recentemente, a FundsPeople relatava como algumas gestoras portuguesas de fundos de obrigações enfrentaram este período de maior dinamismo no mercado. Apesar de a maioria das entidades já ter implementado processos nos seus fundos que permitiram amenizar os efeitos da crise provocada pela pandemia, a verdade é que os seus negócios não ficaram imunes aos mesmos. Um dos indicadores que reflete essa influência é a quota de mercado.
Com base em dados da Morningstar Direct do universo de fundos de obrigações domiciliados em Portugal e no Luxemburgo, analisamos como se distribuiu o património alocado a estes instrumentos, entre o início do ano e o final de abril (última data disponível), pelas várias entidades gestoras.
À semelhança do que já acontecia com os dados do mercado total e de fundos de ações, desde o final de 2019 até agora não se registaram alterações de maior no ranking das entidades. A BPI Gestão de Activos manteve o seu lugar cimeiro, tendo inclusive assistido a um reforço na sua quota de mercado de 0,75 pontos percentuais. Em segundo lugar, e com um comportamento no sentido contrário, está a Caixa Gestão de Ativos, que sofre a pior perda de preponderância no mercado, ao cair 1,90 p.p.
Por fim, a fechar o Top 3, encontra-se a IM Gestão de Ativos, que com uma apreciação de 1,75 p.p. na sua quota de mercado, a maior de todo o ranking, ultrapassou a marca dos 20% (situando-se nos 21,08%). De relembrar que a IMGA já havia sido destacada anteriormente pelas captações obtidas no mesmo período.
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Troca de pódio no âmbito nacional
Focando-nos somente nos fundos domiciliados em território nacional, observamos um dinamismo particularmente relevante no topo da tabela, com a BPI GA a passar a assumir o primeiro lugar. A Caixa GA cai assim para o segundo lugar, registando uma perda de 2,07 p.p. na sua quota de mercado, a maior entre todas as entidades. Novamente, a IMGA regista o maior reforço na sua quota de mercado, consolidando assim o seu terceiro lugar.
