As seguradoras dedicaram-se mais à produção de seguros ligados a fundos de investimento, como lhe mostrámos recentemente. No Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2020, a ASF mostra então que "o ambiente de baixas taxas de juro acabou por conduzir a uma mudança de negócio”, com os operadores a apostar mais neste tipo de veículos.
No mesmo documento, a entidade reporta também a proporção, por empresas de seguros, da produção de seguro direto no ramo vida.
Maior concentração em seguros ligados a fundos de investimento
Como visível no esquema, a maior concentração neste mercado acontece nos seguros ligados a fundos de investimento. As primeiras cinco empresas concentravam 87,8% deste mercado em 2020, muito embora, em termos globais a preponderância tenha decrescido 3,5 pontos percentuais, assinala a ASF.
A BPI Vida e Pensões é quem apresenta maior quota de mercado em seguros ligados a fundos de investimento com 24,4%, seguindo-se a Fidelidade e a Ocidental Vida. A BPI Vida e Pensões apresentava em 2020 uma carteira de investimentos de 4.492 milhões de euros. Recorde-se que a gestão de carteiras unit-linked é efEutada pela BPI Gestão de Ativos.
Segundo a ASF, a Fidelidade reforçou a sua posição em 14,3 pontos percentuais, enquanto que em sentido oposto a Santander Totta Vida viu a sua posição baixar 14 pontos percentuais, passando da primeira para a quarta posição do ranking.
No âmbito dos seguros não ligados a fundos de investimento, a concentração entre players é, por outro lado, mais baixa. A quota das cinco maiores entidades desceu 11,3 pontos percentuais em 2020, ficando nos 61,9%. O regulador aponta também a saída do Top 5 da Zurich Vida e da BPI Vida e Pensões, que deram entrada às empresas Lusitania Vida e Bankinter Vida. Com 30,4% de quota de mercado, a Fidelidade é a líder destacada neste segmento. Em 2020, como lhe demos conta recentemente, a Fidelidade reforçou a sua quota de mercado em todo o ramo vida.
