A relação que existe entre o volume de negociação em ações e a rentabilidade

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Investmentzen, Flickr, Creative Commons

As ações estão em máximos há algum tempo e têm proporcionado retornos encorajadores, especialmente desde o início do ano. No entanto, muitos investidores questionam-se se é possível uma inversão desta tendência.

Segundo Philipp Vorndran e Thomas Lehr, estrategas de mercado de capitais na Flossbach von Storch, tanto os riscos estruturais como os fatores táticos parecem mostrar que se avizinha uma correção. Os especialistas referem que são frequentemente questionados se a recente queda nos volumes de negociação nas bolsas de valores é um possível sinal de uma inversão de tendência nas bolsas. “A resposta é não”, afirmam sem rodeios.

Um olhar sobre o índice de ações S&P 500 nos últimos 10 anos mostra o porquê.

Caso prático

Em cada caso, calcularam o volume de negociação por 10 semanas consecutivas. Posteriormente, compararam-no com o índice para determinar o resultado de uma estratégia que só teria investido nesse período se o volume de negociação fosse, pelo menos, 10% inferior a essa média. Por outro lado, reproduziram os resultados de uma segunda estratégia que só investiu quando o volume de negociação foi, pelo menos, 10% superior à média. Ambas as estratégias são, obviamente, inviáveis na prática uma vez que o volume negociado só pode ser conhecido no final do dia.

E aqui está a conclusão. Aqueles que teriam entrado no mercado, quando houvesse um volume de negociação acima da média, teriam tido um desempenho pior do que o índice de ações. Em contrapartida, quem optou por entrar em dias calmos de negociação, teria multiplicado o seu capital inicial por 20 desde o início de 2011. “Portanto, a prática mostra que a diminuição do volume não é um indicador de crise”, conclui.