John William Olsen, gestor do M&G (Lux) Global Sustain Paris Aligned Fund, fundo com Rating FundsPeople, apresenta os seus elementos-chave: o acompanhamento rigoroso das emissões de CO2 e o compromisso de limitar o aquecimento global.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Uma carteira concentrada de ações de 30 empresas líderes na consecução dos objetivos do Acordo de Paris identificadas globalmente sem limites nem preconceitos setoriais. No centro do processo de investimento do M&G (Lux) Global Sustain Paris Aligned, encontra-se a análise rigorosa dos fundamentais financeiros, os fatores ESG e a pegada de carbono das empresas. A visão é a longo prazo, para encontrar empresas capazes de crescer durante a próxima década, independentemente do ciclo económico e das flutuações de mercado. John William Olsen, gestor, explica-nos os elementos-chave da estratégia da M&G Investments, galardoada com Rating FundsPeople.
Segundo Olsen, uma empresa pode contribuir de várias formas para o objetivo de zero emissões líquidas. A primeira é descarbonizar as suas operações. Em segundo lugar, uma empresa pode catalisar este processo indiretamente, proporcionando soluções a empresas de outros setores da economia para melhorar a eficiência das emissões. Por último, as empresas de energias renováveis também são cruciais. “Durante a próxima década, a transição dos combustíveis fósseis para energias renováveis será uma peça-chave para alcançar os objetivos de Paris”, afirma.
O que esperar do M&G (Lux) Global Sustain Paris Aligned
Como consequência da forte convicção do gestor, a rotação dos valores da carteira é baixa e o average holding period do fundo supera os oito anos. A estratégia para gerar retornos constantes, evitando ao mesmo tempo que a rentabilidade se veja afetada por perturbações externas, consiste em criar um equilíbrio na carteira entre dois tipos de empresas.
“Às primeiras empresas chamamo-las crescimento estável. São empresas com retornos estáveis sobre o capital investido e provêm de setores como a tecnologia, a informática ou os bens de consumo essenciais. O outro conjunto são as oportunidades. Mais uma vez, trata-se de empresas de alta qualidade, mas são mais cíclicas e têm um perfil de risco relativamente mais elevado com um maior potencial de crescimento”, avança o gestor. “Ao recorrer a estas duas áreas, temos conseguido manter a carteira consistentemente bem diversificada, com baixa volatilidade ao longo dos ciclos de mercado”, afirma.
A vantagem da gestão ativa
Apesar de a maioria dos fundos do mercado alinhados com o objetivo de Paris ser ETF, segundo Olsen, a gestão ativa é a forma ideal de promover uma melhoria substancial das emissões globais de carbono. Para o gestor, permite uma cobertura eficaz dos progressos reais das empresas. “Centramo-nos nas empresas uma a uma. 99% das emissões do fundo estão cobertas por objetivos baseados em provas. Isto dá-nos a certeza de que as empresas estão realmente a alinhar-se aos objetivos de Paris”, explica.
Assim, a abordagem ativa também lhes permite comprometerem-se diretamente com as empresas. Contam com um programa de compromisso estruturado centrado na divulgação de dados, na definição de uma estratégia líquida zero e em objetivos intermédios, na implantação de sistemas de remuneração e na geração de receitas vinculados a estes objetivos e, por último, em ferramentas de acompanhamento. Todos estes dados resumem-se num relatório anual de impacto que destaca detalhadamente as melhorias de cada empresa. Além disso, a análise ESG está plenamente integrada no seu processo de investimento e não é delegada a fornecedores externos. A equipa de gestão encarrega-se de todos os passos: desde a análise fundamental até à análise ESG e ao compromisso.
A aposta nas energias renováveis
No final de setembro, os três setores industriais mais representados no fundo eram, por ordem, as tecnologias da informação, com 20,3%, os serviços financeiros, com 19,3%, e o setor da saúde, com 16,1%.
Recentemente, graças às atrativas valorizações provenientes do impulso negativo das empresas de energias renováveis, o gestor aumentou a exposição a duas empresas do setor: a Ørsted, líder mundial em produção de energia eólica terrestre e marinha, e a Solaredge Technologies, dedicada a soluções tecnológicas para painéis solares, em particular para instalações em telhados. “No último ano, as energias renováveis viveram uma forte correção devido à subida de taxas. Isto deve-se ao facto de serem um setor impulsionado pelo capital necessário para construir parques eólicos e solares e, por isso, é uma área sensível às taxas e ao aumento do custo do dinheiro”, explica Olsen. “No entanto, numa perspetiva a longo prazo, estas empresas têm um enorme potencial para crescer e contribuir para os objetivos de Paris”, conclui.