Dados da APFIPP mostram que comparativamente com o final de 2014 os FIM reduziram ligeiramente a sua alocação a instrumentos de liquidez, enquanto as ações estrangeiras aumentaram a sua fatia.
Os primeiros dez meses do ano foram marcados por alterações do mercado, já que depois de um início bastante promissor, com o passar dos meses a confiança tem-se vindo a desvanecer e a afetar as rendibilidades dos fundos nacionais. Desde do final do ano passado até ao último dia do mês de outubro, o mercado “perdeu” 23 produtos, somando agora 187 fundos, segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP.
Nos denominados fundos de ações, que englobam seis categorias – ações nacionais; ações UE, Suíça e Noruega; ações América do Norte; ações sectoriais; ações internacionais; e poupança ações – houve uma redução de três produtos desde do final do ano passado.
Em termos de alocação do conjunto destes produtos, assistimos a um aumento de dois pontos percentuais no investimento realizado em ações internacionais, que passou agora para os 73%. Já as ações nacionais “caíram” um ponto percentual para 20% de preponderância no conjunto destas carteiras. A liquidez, por seu turno, sofreu uma descida ainda maior, com o investimento no final de outubro a atingir 6% das carteiras.
Menos liquidez e mais ações internacionais
Já no universo dos fundos com ações a diminuição no número de produtos foi ainda maior, com uma redução de 25 produtos nos dez meses de 2015. Das ativos em análise – ações nacionais, ações internacionais e liquidez – foi a parte dos ativos mais defensivos que sofreu reduções na alocação conjunta destes fundos. A liquidez por seu lado passou de 11% para 8% de preponderância na globalidade destes portfólios. Em sentido contrário seguiram as ações internacionais que viram a sua presença crescer 2 pontos percentuais, passando para os 36%. No que toca às ações nacionais, apesar das oscilações ao longo do ano, o mês de outubro trouxe o mesmo valor total do final do ano passado: 8% de peso nas carteiras.
A mesma situação acontece se analisarmos a totalidade dos fundos de investimento mobiliário (FIM) no mercado nacional. Existiu um decréscimo de 2 pontos percentuais na presença de instrumentos de liquidez, enquanto as ações internacionais aumentarem a sua fatia para 9% nos produtos. O investimento em ações nacionais, em termos percentuais, manteve-se inalterado ao longo de todo o ano, situando-se nos 2%.
Alocação de posições no final de outubro

Fonte: APFIPP no final de outubro