A situação da Grécia volta a marcar esta semana, tendo apresentado a lista de reformas cujo impacto deixa algumas reservas mas que, apesar disso, foi aceite pelo Eurogrupo. A Europa aceitou assim o compromisso assumido pelos Gregos, numa altura em que os mesmos parecem não saber ao que andam. Por um lado, temos a opção de fim da Troika e possível bancarrota e consequente saída do Euro ou, por outro, temos a permanência na Zona Euro e o cumprimento dos compromissos assumidos com os seus credores.
De qualquer modo o acordo é benéfico para ambas as partes, com a Grécia a ter que abandonar algumas das ideias mais radicais que contribuíram para que o actual governo chegasse ao poder, mas ainda assim permitindo tomar novamente as rédeas do seu próprio destino e controlar o processo de reformas.
Reveja aqui a Carta Completa de Varoufakis ao Eurogrupo
Outro dos temas mais importantes da semana relaciona-se com a comparência da Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen, perante o Senado. Os aspectos mais relevantes a destacar do seu discurso são os seguintes:
- Não irá haver subida de taxas nas próximas duas reuniões;
- Para o timing da subida de taxas será muito importante a evolução do emprego e da inflação. A Reserva Federal quer assegurar-se que a inflação vai subir para níveis perto dos 2% e que a recuperação da economia americana assenta em pilares sólidos.
- Regista-se uma evolução positiva do emprego nos Estados Unidos, com destaque para a diminuição do desemprego de longa duração mas a moderação salarial e o impacto que o processo de outsourcing seguido por muitas empresas possa ter no índice de emprego, merece toda a atenção da autoridade monetária.
- Evolução positiva do gasto das famílias, com contribuição determinante no crescimento do PIB.
- A desaceleração da economia global tem tido impacto na economia americana, com referência directa à debilidade da economia europeia, à desaceleração da economia chinesa e à descida do preço do petróleo.
Por último, destaque para Portugal e a colocação de 1.499 milhões de Euros em obrigações do tesouro a 10 anos à taxa de juro de 2,0411%, a mais baixa da história.
Autor da imagem: Wiertz Sébastien, Flickr, Creative Commons