ActivoBank: “A segunda metade do ano não está isenta de riscos”

MAX_8715
Funds People Portugal

Iniciando hoje um conjunto de perspetivas das entidades financeiras para a segunda metade do ano começamos com a visão de Rui Olo, do ActivoBank. Para o profissional, o “sol deverá continuar a brilhar sobre a economia mundial na segunda metade do ano”. Concretizando mais esta afirmação, entende que “continuaremos a assistir a um crescimento económico mundial”, que virá tanto do lado da economia norte-americana, como por exemplo da Europa.

O profissional entende que “a economia norte-americana deverá continuar a crescer suportada em estímulos fiscais adicionais, embora o maior impacto na economia se deva sentir mais em 2018”. Do lado da Europa e do Japão, acredita que a recuperação económica é “uma realidade para continuar”. Do espectro emergente também vê bons sinais a emergir. Assinala que após um período de recessão – como aconteceu por exemplo com o Brasil e com a Rússia – se assiste “a um virar da página após um período de recessão”, com uma recuperação suportada “pela recuperação do preço de matérias-primas chave para estas economias”. Sobre a China recorda que “o abrandamento económico do país, que em 2016 tanto preocupou os mercados, parece relativamente controlado, pelo que o cenário de hard landing parece afastado”.

Riscos

Embora o cenário se afigure positivo, Rui Olo alerta que a segunda metade do ano não está isenta de riscos. O risco político na Europa é o que mais destaca, pois existem “eleições em vários países, bem como o processo negocial decorrente do Brexit”. Ainda na Europa, assinala também a instabilidade que pode advir da “evolução do sector financeiro”. Mudando de região, e do outro lado do Atlântico, Rui Olo considera que “a forma errática como o presidente norte-americano tem conduzido a política do país levanta também algumas dúvidas”. A veia anti-globalização de Trump, indica também, “pode vir a ser um risco para o crescimento económico mundial”.

Quando questionado sobre um fundo com relevo para a segunda metade do ano, o profissional assinala o Schroder International Selection Fund EURO Equity B Acc (fundo com selos Blockbuster e Consistente Funds People), embora esta seja uma escolha “que depende do perfil de risco do cliente”. No entanto, para quem assuma um perfil de risco agressivo, sugerem a “exposição a ações da zona euro” precisamente via este produto.