A Allianz Global Investors acredita que, na actual conjuntura económica, os bancos prossigam uma estratégia de injecções de capital e taxas de juro muitíssimo baixas, e que as dificuldades crescentes de liquidez nos países periféricos levem a Zona Euro a
"Esperamos que os bancos centrais continuem a manter o sistema financeiro funcional, sobretudo via injecções de liquidez e taxas de juro muitíssimo baixas, tentando desse modo apoiar o crescimento económico", refere a AGI, num actualização do relatório 'Capital Markets Outlook' de Julho.
Ainda neste cenário base, a gestora refere que a crescente dificuldade de financiamento (falta de liquidez) dos países periféricos "deverá empurrar, finalmente, a Zona Euro, em direcção a uma maior integração fiscal e política, por oposição a uma separação" da região. Para este cenário, os principais riscos, acrescenta, são uma "separação desordeira da União Económica e Monetária (quer iniciada pela periferia ou por países 'core') e uma excessiva austeridade orçamental na Europa e nos Estados Unidos (após as eleições no Outono), arrastando severamente o crescimento".
Quanto ao investimento no mercado de capitais, a AGI destaca que "todas as formas de repressão fiscal estão a tornar-se cada vez mais relevantes para os investidores". Por classes de activos espera "retornos muito baixos para muitos investimentos de taxa fixa", enquanto no caso das acções, acredita que podem ter um desempenho superior aos das obrigações governamentais "no longo prazo, por motivos de avaliação, em particular na Europa". No presente, a maioria dos indicadores cíclicos evidencia "um abrandamento do crescimento (ou aumento do risco de recessão dentro da União Económica e Monetária)" e, portanto, a existência de uma postura defensiva na carteira de investimentos.