As 10 Resoluções de mercado da UBS Global AM para o novo ano

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jchants, Flickr, Creative Commons

“O que é que o mercado deve lembrar em 2015 de forma a evitar os erros de 2014?”: esta é a pergunta que a UBS Global Asset Management se coloca, e se propõe a responder nalguns pontos que aqui lhe apresentamos.

“Devo lembrar-me que as economias nem sempre se movem juntas”

O mundo continua a ser um conjunto de economias, lembra a gestora, para quem a “conversa” do crescimento global é pouco coerente.  Realçam que os EUA podem crescer mais rápido enquanto a Zona Euro abranda, e os consumidores de petróleo podem aumentar ao mesmo tempo que os produtores de crude sofrem. “Esta “grande divergência” ao nível do crescimento não é a primeira mas também não será a última”, indicam.

“Vou-me lembrar que as narrativas podem mudar”

Os mercados tendem a convencer-se de que as narrativas que eles próprios usam para explicar o que se passa com os preços nunca vão mudar, até aparecer uma nova “história” que os faz “acordar”. No novo ano, escrevem, um dos grandes choques para os mercados podem ser as subestimadas subidas das taxas de juro.

“Irei reconhecer que os baixos preços do petróleo são um acontecimento positivo em termos gerais”

Muitos foram os pessimistas que interpretaram esta queda dos preços como sinónimo de um enfraquecimento da procura global. Da UBS explicam que os preços baixos apenas vão acentuar a grande divergência entre países já referida.

“Não vou ter medo da valorização do dólar”

Assinalam que a apreciação do dólar é um sintoma do forte crescimento da economia e das expectativas em relação às taxas serem mais elevadas. Há que ter em mente no novo ano que esta valorização da moeda não irá afectar de forma material a ação da Fed.

“Vou reconhecer os bancos europeus como seguros, mas não vou confiar neles em termos de crescimento”

A gestora recorda que de facto os bancos europeus neste último ano tornaram-se muito mais fiáveis, mas, ainda assim, cautela é palavra de ordem. Referem que em vez de assumirem riscos, ou seja em vez de emprestarem capital ao sector privado, “os bancos têm aumentado o seu capital próprio e fazem mais esforços com o objectivo de emprestar dinheiro ao sector público”.

“Não vou subestimar de novo o BCE”

O Banco Central Europeu já deu provas de que quando a situação se torna mais grave, avançam para o próximo passo na flexibilização da política monetária.

“Não irei contar as flechas antes delas acertarem no alvo”

Até agora apenas um das três “flechas” da política Abenomics, no Japão, acertaram no alvo (mais concretamente a flexibilização das políticas monetárias).  Apesar de o primeiro ministro Abe ter sido reeleito “ainda não há sinal da terceira flecha”, dizem.

“Vou tratar os mercados emergentes como emergentes”

Esta resolução, apontam, aparece porque os “mercados ainda não aprenderam a lição”. Indicam que a desaceleração da China é um sinal de que o mundo se pode estar a mover em direção a algo que se situa entre os mercados desenvolvidos e os mercados emergentes.

“Irei reconhecer que não entendo como é que a economia do Reino Unido funciona”

 A economia inglesa tem sido uma das que mais cresceu nos últimos tempos nos mercados desenvolvidos. No entanto da UBS realçam que “ainda existem muitas coisas que não fazem muito sentido”, como por exemplo a “produtividade ser baixa enquanto o emprego é alto”.

“Irei reconhecer que não percebo como é que o mercado de trabalho funciona”

Os mercados de trabalho de vários países têm confundido as expectativas  de diversas formas. Relembram que concretamente no mercado de trabalho norte-americano se tem “assistido à taxa de desemprego a cair continuamente, ao mesmo tempo que até há bem pouco tempo não existiam sinais de crescimento dos salários”.