Os fundos de investimento podem crescer de duas formas: ou através da valorização dos ativos que estão em carteira ou pelas entradas líquidas de dinheiro por parte dos investidores. É neste último ponto que nos vamos fixar, relativamente aos fundos considerados como flexíveis por parte da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP. A Associação coloca nesta categoria os produtos que "não assumem qualquer compromisso quanto à composição do património nos respetivos documentos constitutivos".
Apesar das captações líquidas terem atingido valor positivo no mês de janeiro - num montante a rondar os 19 milhões de euros - nos fundos flexíveis os resgates dominaram, face às subscrições. De acordo com a Associação as captações líquidas nos fundos flexíveis foram negativas, na ordem dos 7 milhões de euros. Ainda assim, alguns fundos conseguiram ter saldo positivo no primeiro mês do ano.
Um deles foi o Optimize Selecção Base que é gerido pela Optimize Investment Partners. No primeiro mês do ano registou entradas líquidas a rondar os 3 milhões de euros. Relembramos que este fundo foi lançado, juntamente com os produtos Optimize Selecção Defensiva e ainda o Optimize Selecção Agressiva, no final de 2015. Todos eles registaram entradas líquidas positivas no primeiro mês de 2017.
Acima dos 500 mil euros encontramos mais um produto, que tal como os três já mencionados, também foi lançado em 2015. Trata-se do BPI Moderado que é da responsabilidade da BPI Gestão de Ativos e que registou entradas líquidas superiores a 700 mil euros. Relativamente ao primeiro mês do ano, a factsheet do produto referia que o fundo registou uma "rentabilidade de 0.13%. A classe de acções contribuiu com 7 bps, essencialmente provenientes da subclasse acções Europa (3 bps) e acções EUA (3 bps)".
Os fundos flexíveis com captações líquidas positivas em janeiro
Fonte: APFIPP no final de janeiro