As fontes de informação às quais cada vez mais profissionais financeiros irão recorrer

risco rentabilidade fundos
Créditos: Austin Distel (Unsplash)

Há alguns anos, os profissionais financeiros que se dedicavam à seleção de carteiras apenas tinham em conta as análises fundamentais das empresas para elaborar a sua lista de recomendações. Agora, as fontes de informação mudaram com a digitalização e entraram em jogo novos critérios de avaliação das empresas que acabam por influenciar as suas cotações. 

Algumas dessas fontes de informação mais inovadoras aparecem compiladas num extenso relatório intitulado The Future of Work in Investment Management, elaborado pelo CFA Institute através de diferentes inquéritos aos seus associados. A principal conclusão é que o auge do investimento ESG está a intensificar cada vez mais a importância que estes profissionais dão às agências de rating sustentáveis. Afinal, a regulação procura precisamente isso: aumentar o investimento sustentável e os profissionais que se dedicam a isso devem dedicar cada vez mais tempo a analisar esses rácios extra-financeiros das empresas em que vão investir.

Em concreto, segundo os dados do inquérito, 76% destes profissionais considera que os ratings de sustentabilidade serão cada vez mais importantes como fontes de informação e apenas 5% considera que serão menos importantes. A segunda fonte de informação que acreditam que beneficiará de um maior impulso são as ferramentas alternativas de dados. Nestas estão incluídas, por exemplo, as redes sociais, os dados de utilização do cartão de crédito ou a extração de informação concreta de páginas web (web scrapping). 72% considera que o seu uso como fonte de informação irá crescer.

Por outro lado, fontes até agora muito utilizadas pelos profissionais financeiros irão progressivamente perder importância nas suas decisões de investimento. A mais relevante são as agências de rating. Apenas 10% acredita que serão no futuro mais importante do que são na atualidade e 19% defende que serão cada vez menos importantes. Os balanços financeiros das empresas também não irão ver uma grande evolução. Apenas 13% lhe dá mais valor no futuro como fonte de informação, enquanto 77% acredita que continuarão a ter o mesmo valor que até agora.