As implicações macroeconómicas na procura por ETF no mês de outubro

pen_color_jar_etf_choices
Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

A apresentação de resultados relativamente ao terceiro trimestre no mês de outubro, surpreendeu pela positiva a maior parte dos investidores, para além disso, a reta final da disputada eleição nos EUA também marcou este mês. É com o comentário de João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, que introduzimos os ETF mais subscritos pelos investidores no mês de outubro: “o acréscimo da volatilidade com correções e ajustes de carteiras de ativos de risco de que são exemplo as ações de crescimento e tecnológicas que parecem ter reafirmado os máximos e topos estabelecidos durante o verão passado”.

Numa perspetiva macroeconómica e enquadramento do que foi o mês de outubro, o profissional comenta os dados que foram anunciados durante aquele mês, sendo que estes espelham os estímulos dos bancos centrais e as suas políticas orçamentais expansionistas, suportando os “países com graus de liberdade para poderem aumentar o seu endividamento público”. Durante este período, os bancos centrais mantiveram o suporte à economia numa altura em que foi reconhecido o avanço da pandemia em muitos países desenvolvidos, o que causa incerteza nas economias. Em contraste, o único país que apresenta sinais positivos é a China, umas das maiores economias mundiais.

O top três de produtos ETF mais procurados no Banco Carregosa no mês de outubro é composto pelo iSHARES MSCI WORLD UCITS, um fundo de ações exposto a empresas em todo o mundo, o Amundi ETF Govt Bond Euro MTS que pretende refletir o desempenho do índice de obrigações europeias e o iShares S&P Global Clean Energy Index Fund, um produto sustentável que está exposto a ações de empresas energéticas e sustentáveis em todo o mundo. 

Ao mesmo tempo, “as carteiras de ações pelo segundo mês consecutivo esforçaram-se por carregar mais alfa através de liquidez e ouro, com algumas estratégias direcionais para capturar a extensão da recuperação dos mercados acionistas como os EUA pós presidenciais e com as Short ETF’s para defenderem as maiores exposições à Europa”, esclarece João Queiroz.

Entre as preferências do Banco Best, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto da entidade, destaca as três principais escolhas este mês a recaírem sobre o setor da energia, tecnologia e ações europeias. O diretor explica que “relativamente à energia, tivemos clientes que procuraram o tema do ponto de vista do investimento em empresas que atuam neste setor, com os ETF SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF e Energy Select Sector SPDR® Fund e tivemos clientes que procuraram investir diretamente no preço do gás natural com o United States Natural Gas Fund, LP”. Já no setor tecnológico, o Banco Best registou uma “procura pelo índice americano Nasdaq, com o Invesco QQQ Trust, e por duas estratégias um pouco mais específicas com os ARK Innovation ETF e ARK Next Generation Internet ETF”, como comenta o profissional.

A diversidade de especulação que se verifica no mercado europeu muito se deve ao momento atual que se vive. Rui Pacheco, em relação a esta matéria, comenta que os investidores tanto procuraram um posicionamento curto no Xtrackers Euro Stoxx 50 Short Daily Swap UCITS ETF 1C, enquanto outros optaram por um posicionamento longo, “quer sobre o mesmo índice das maiores 50 empresas europeias, quer com o índice da maior bolsa do EUR”, específica o diretor adjunto do Banco Best.

Por fim,  “destaque para a procura por um índice de ações globais que se materializou no iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR”, conclui Rui Pacheco.