Embora as estratégias de gestão passiva já representem mais de um terço do total do património, uma maioria significativa (66,3%) continua a optar pela gestão ativa.
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Os ativos sob gestão das 500 maiores gestoras do mundo atingiram os 128 biliões de dólares americanos no final de 2023. Apesar de ainda não ter recuperado os níveis de 2021, o crescimento anual de 12,5% já representa uma melhoria significativa após a correção do ano anterior, quando os ativos sob gestão reduziram 18 biliões de dólares em 2022. São os números recolhidos no último estudo do Thinking Ahead Institute (TAI), associado à WTW.
As maiores gestoras do mundo são norte-americanas
Devido, em parte, ao comportamento das ações norte-americanas enquanto impulsionadoras de retorno, a América do Norte registou o maior crescimento em ativos sob gestão (AuM) com um aumento de 15,0%, seguida de perto pela Europa (inclusive o Reino Unido), que registou um aumento de 12,4%. O Japão, pelo contrário, observou uma leve diminuição, com uma queda de 0,7% nos seus AuM. Como resultado, a América do Norte representa atualmente 60,8% do total de AuM das 500 principais gestoras, atingindo os 77,8 biliões de dólares no final de 2023.
Desta forma, os primeiros lugares do ranking por dimensão são dominados pelas gestoras norte-americanas, que ocupam 14 das 20 primeiras posições, representando 80,3% dos ativos deste grupo. A BlackRock continua a ser a maior gestora de ativos do mundo, com um total de ativos superior a dez biliões de dólares. A Vanguard Group mantém o segundo lugar, com quase 8,6 biliões de dólares, estando ambas muito à frente da Fidelity Investments e da State Street Global Investors, que ocupam o terceiro e quarto lugares, respetivamente.
Algumas das gestoras com maiores subidas no ranking nos últimos cinco anos são a Charles Schwab Investment, que subiu 34 posições para o 25.º lugar, e a Geode Capital Management, que subiu 31 lugares até ao 23.º. Por sua vez, a canadiana Brookfield Asset Management subiu 29 posições, chegando ao 31.º lugar.
Ranking | Gestora | País | Ativos sob gestão |
---|---|---|---|
1 | BlackRock | EUA | 10.008.995 |
2 | Vanguard Group | EUA | 8.593.307 |
3 | Fidelity Investments (Fidelity International) | EUA | 4.581.980 |
4 | State Street Global Investors | EUA | 4.127.817 |
5 | J.P. Morgan AM | EUA | 3.422.000 |
6 | Goldman Sachs Group | EUA | 2.812.000 |
7 | UBS | Suíça | 2.620.000 |
8 | Capital Group | EUA | 2.532.813 |
9 | Allianz Group | Alemanha | 2.454.495 |
10 | Amundi | França | 2.250.226 |
11 | BNY Investments | EUA | 1.974.322 |
12 | Invesco | EUA | 1.585.344 |
13 | Legal & General Group | Reino Unido | 1.475.442 |
14 | Franklin Templeton | EUA | 1.455.506 |
15 | Prudential Financial (M&G) | EUA | 1.449.673 |
16 | T. Rowe Price Group | EUA | 1.444.500 |
17 | Northern Trust | EUA | 1.434.500 |
18 | Morgan Stanley IM | EUA | 1.373.456 |
19 | BNP Paribas | França | 1.364.099 |
20 | Natixis IM | França | 1.358.581 |
Tendências: mercados privados, gestão passiva e ESG
“Os gestores de ativos viveram um ano de consolidação e mudança. Embora tenhamos assistido ao regresso ao retorno positivo nos mercados, também houve importantes fatores de transformação”, conta Jessica Gao, diretora do Thinking Ahead Institute.
O estudo também mostra a evolução na gestão ativa e passiva, onde, pela primeira vez, as estratégias de gestão passiva representam mais de um terço dos AuM entre as 500 maiores gestoras do mundo (33,7%), embora quase dois terços continuem a ser ativamente geridos.
Quanto à alocação de classes de ativos, observa-se um crescimento dos mercados privados. As ações e as obrigações, que somam o total de 77,3% dos AuM (48,3% e 29%, respetivamente), continuam a ser as classes de ativos predominantes. No entanto, isto representa uma ligeira diminuição de 0,2% em relação ao ano anterior, visto que os investidores continuam a procurar alternativas como o private equity e outros ativos ilíquidos para obterem maiores retornos, segundo analisa o Thinking Ahead Institute.
Por outro lado, o volume de ativos geridos com critérios ESG cresceu 15,5% em 2023, subindo para 29,6% de investimentos ESG dentro da carteira. É o nível mais elevado dos últimos três anos, o que indica que estes critérios já são utilizados em maior ou menor medida na seleção de ativos.