A ASK pretende lançar até final deste ano um novo fundo de ‘private equity’ no Brasil, enquanto em Portugal estão previstos dois novos investimentos, adianta o CEO do grupo, Nuno Miranda, em entrevista à Funds People Portugal.
“Estamos muito activos no lançamento de um novo fundo no Brasil, que deveremos lançar até final do ano, e que tem envolvido também a equipa da ASK de Portugal. Estamos a construir um produto para a área imobiliária, aos operadores de promoção imobiliária naquele país”, adianta Nuno Miranda.
Enquanto no Brasil, a evolução do negócio na área de ‘private equity’ passa pela criação de um novo fundo, em Portugal o que está previsto ainda durante o segundo semestre deste ano são novos investimentos. O CEO da ASK adianta que não tem havido operações de compra e venda este ano, mas que estão “a estudar muitas oportunidades”. Nesse sentido “devemos concretizar dois novos investimentos até final do ano”, acrescenta.
O fundo de arrendamento imobiliário que chegou a ser projectado “acabou por não ter sido lançado”.
A actividade tem sido influenciada pela actual situação económica, nomeadamente pelas dificuldades de financiamento existente e pela incerteza quanto às perspectivas para o futuro, em mercados como Portugal ou Espanha, onde a ASK desenvolve negócio.
Nuno Miranda destaca que “tem existido falta de financiamento”, uma “grande incerteza”, o que tem penalizado o desempenho das empresas. A actividade da ASK é afectada “na medida em que há menos operações, demoram mais tempo e os financiamentos são mais complexos. Isso afecta área de ‘corporate finance’ (M&A) e de ‘private equity’ (financiamento às participadas)”.
A forma que a boutique financeira tem encontrado para compensar esta situação tem sido através dos “negócios ‘cross border’” (Angola e Brasil). No entanto, continua a ser difícil vender ‘Portugal’ em oportunidades de ‘mid market”, salienta Nuno Miranda, segmento onde a ASK se posiciona.