A opinião do partner, que alerta para o facto de as pessoas necessitarem cada vez mais de mecanismos de poupança-reforma que contem também com as empresas.
Estará o sistema de fundos de pensões suficientemente desenvolvido em Portugal? Rui Guerra considera que não. Para o partner da consultora Mercer, “é necessária mais consciencialização por parte das pessoas da necessidade de poupar para a reforma, quer através de planos de pensões de empresas, quer de planos individuais”.
Face à situação que a Segurança Social portuguesa atravessa, o especialista reitera que são necessárias formas diferentes de poupar. Rui Guerra, refere que é essencial “assegurar que estes temas continuam a ser divulgados e debatidos”, e avisa também que"as empresas têm um papel muito importante nesta dinamização, já que podem proporcionar planos de pensões aos seus colaboradores e adicionalmente sensibilizar para a poupança individual complementar”.
“Os níveis de pensões na reforma serão mais baixos e cada um terá que assegurar sistemas alternativos de poupança destinada à reforma”, diz. Desta forma, o Partner da Mercer acredita que a compensação das pessoas possa acontecer com o aumento na utilização de planos de pensões.
“Em algum momento as pessoas vão estar mais conscientes de que a sua decisão de utilizar um veículo para poupar será essencial para disponibilizar um rendimento adequado na reforma”, diz Rui Guerra. Do lado das empresas, o especialista alerta que estas também percebem que “os planos de pensões começam a ser um elemento forte na retenção das suas pessoas”.