AuM médios em Portugal abaixo da média europeia

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marco monetti, Flickr, Creative Commons

A evolução do número de fundos de investimento a nível mundial progrediu de forma positiva em 2015, segundo dados do Relatório Anual Sobre a Atividade da CMVM e sobre os Mercados de Valores Mobiliários. De facto, o ano passado marcou uma subida do número total de produtos para 113,6 milhares, de 111,7 milhares no ano anterior, mas ao mesmo tempo que na Europa verificámos uma redução de aproximadamente 1,7 mil.

Em termos de ativos sob gestão, vemos que os fundos de investimento norte-americanos gerem em média 1,6 mil milhões de euros enquanto os seus equivalentes europeus não vão além dos 240 milhões, o que, segundo o Regulador, “não lhes permite beneficiar das vantagens geralmente associadas às economias de escala”.

Em Portugal a dimensão média é significativamente mais pequena - tal como em metade dos 26 países europeus analisados no relatório - sendo que o volume médio dos fundos de investimento não ultrapassa os 70 milhões de euros. São os fundos da Irlanda, Reino Unido, Suécia e Suíça - com um valor médio que ultrapassam os 400 milhões de euros em média - que ocupam os primeiros lugares do ranking. 

Adicionalmente, é patente no relatório que “a distribuição de fundos de investimento na Europa é dominada por grandes instituições financeiras continentais e por bancos locais, mas nos EUA os canais de distribuição são mais diversificados, existindo a venda direta por promotores e consultores profissionais, por brokers que funcionam numa lógica de supermercados de fundos e mesmo vendas institucionais (empresas, fundações, universidades, entre outros)”.