Banco BiG: Yields em mínimos e ações em máximos... e agora?

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re_birf, Flickr, Creative Commons

Muito embora o ano já tenha começado há pouco mais de dois meses, o Banco BiG, como habitual, não deixou passar em branco o arranque de 2015, reunindo mais de uma centena de clientes no CCB, para uma conferência com perspetivas para este ano, mas não só. Os presentes puderam igualmente perceber qual a visão de três das mais conceituadas gestoras internacionais: Invesco, Schroders e Nordea.

A proposta da Invesco

Invesco, com Lewis Aubrey-Johnson, head of fixed income, a explicar o atual - e complexo - contexto que se vive ao nível das obrigações. “Enfrentamos uma altura muito difícil para a procura de retornos”, frisou o especialista, lembrando que “25% das yields das obrigações governamentais da zona euro tem yields nominais negativas”, ou que “77% da dívida governamental da zona euro oferece menos de 1% de yield”.

A primeira casa internacional a ter a palavra foi a Invesco, com Lewis Aubrey-Johnson, head of fixed income, a explicar o atual - e complexo - contexto que se vive ao nível das obrigações. “Enfrentamos uma altura muito difícil para a procura de retornos”, frisou o especialista, lembrando que “25% das yields das obrigações governamentais da zona euro tem yields nominais negativas”, ou que “77% da dívida governamental da zona euro oferece menos de 1% de yield”.

O profissional relatou aos presentes como funciona o fundo de obrigações convertíveis da casa, o Invesco Global Total Return. “Este fundo reflete muito bem a visão dos seus gestores, e está dividido em três partes: a da liquidez, uma parte mais defensiva, a de risco de crédito”. Frisou que atualmente privilegiam “um olhar sobre o valor relativo da dívida subordinada de empresas financeiras”, mas sempre “evitando tomar riscos desnecessários”.

Foco na diversificação

Também com uma proposta que focou o universo das obrigações convertíveis, Martin Kuehle, investment director de convertible bonds da Schroders, começou por dizer que esta “é uma classe de ativos a considerar” porque “em períodos de queda do mercado, como foi por exemplo a bolha tecnológica, consegue superar os resultados das ações”. As corporate bonds “tal como outras obrigações corporativas apresentam uma maturidade e um cupão, e no fim da maturidade o investidor recebe de volta o dinheiro”, referiu, dando conta de uma particularidade: “existe contudo um direito de conversão, ou seja, uma opção de conversão das obrigações para ações”. Sobre o fundo da casa, o Schroder ISF Global Convertible Bond, frisou que é uma carteira tipicamente balanceada, que se pode ajustar tanto a um investidor de obrigações, como a outro com um perfil mais agressivo. Em suma relatou que “grande parte dos resultados do produto vem da componente de ações, onde existe uma grande diversificação, com mais de 115 posições”.

Gestão do risco apertada

A última apresentação coube à Nordea. Martina Eckstein, product specialist da entidade, explicou aos presentes a lógica do Nordea 1 – Stable Return Fund, um dos fundos preferidos pelos investidores nacionais e um ‘flagship’ da entidade. “A ideia subjacente a este produto é gerar retornos com qualidade e estabilidade, tendo em conta o cenário macro que vivemos; focamo-nos, por isso, especialmente na gestão do risco”. Colocando a questão de como é que efetivamente se pode balancear o risco na gestão de um portfólio, a especialista frisou que relativamente à componente de ações do fundo, existe uma procura de empresas estáveis, com sólidos fundamentais. “Tendo em conta o atual contexto de mercado que se vive, este fundo foca-se na preservação de capital, sendo o objectivo primário do produto definir targets para que a sua capacidade de perda seja muito limitada”, indicou.