Banco Invest em 2019: ativos sob gestão em fundos de investimento aumentam 62%

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Adeolu Eletu, Unsplash

O ano de 2019 foi sorridente para o Banco Invest. A entidade bancária fechou as contas do ano transato com um resultado líquido consolidado de 12,1 milhões de euros, um aumento de 35% face aos 9 milhões de 2018. A motivar este crescimento esteve um aumento de 4,9 milhões de euros (23,9%) na margem financeira, fruto concretamente do aumento da carteira de crédito concedido, que cresceu dos 74,4 milhões para os 611 milhões. Também as comissões líquidas verificaram um incremento de 27,4% para os 8,9 milhões, igualmente contribuindo para a robustez dos resultados alcançados.

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Outro dado de relevo tratou-se da progressão assistida ao nível das operações financeiras, que estando em níveis de -690 mil euros em 2018, terminaram 2019 nos 4,5 milhões. No relatório e contas pode ler-se que “este desempenho foi sustentado sobretudo pelos ganhos registados na valorização de ativos em carteira, que perfizeram 2,7 milhões de euros, face a -2,2 milhões no exercício anterior”.

Alves Ribeiro – PPR, a joia da coroa

O grupo, que integra também a Invest Gestão de Activos, também apresentou um bom desempenho no que aos fundos de investimento diz respeito. Os ativos sob gestão das estratégias de investimento geridas pela entidade aumentaram 38,6 milhões de euros para os 100,5 milhões. Um crescimento de 62,2% cujo “principal contribuidor foi o Fundo Alves Ribeiro – PPR, com um aumento de 83,1% dos ativos sob gestão” e uma valorização de 15,1%. A rentabilidade anualizada deste fundo, detentor do Selo FundsPeople 2020 pelas classificações Blockbuster e Consistente, situa-se nos 7,2%, conforme indicam no documento.

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No âmbito da comercialização de fundos de investimento de terceiros, um segmento no qual o Banco Invest se concentra em disponibilizar uma oferta de qualidade, “em 2019, o montante de distribuído registou um crescimento de 131% para os 109,3 milhões de euros”. Um crescimento que, segundo consta no relatório, “refletiu a aposta no aumento da rede comercial do Banco e a crescente procura, pelos investidores, por alternativas de investimento, num contexto de taxas de juro muito baixas dos tradicionais depósitos a prazo”.

Dentro do segmento da gestão discricionária, denotam da parte do banco uma forte recuperação em 2019 face a 2018, pelo que “as carteiras de gestão discricionária registaram ganhos significativos, compreendidos entre os 8,7% (Perfil Conservador) e os 19% (Perfil Dinâmico)”. Já nas suas funções enquanto custodiante, no final do período em questão o Banco Invest “prestava serviços de banco depositário a 41 organismos de investimento coletivo (“OIC”), geridos por oito entidades gestoras, com predominância de fundos de investimento imobiliário e sicafis (56%)”. De resto, os fundos de capital de risco e os fundos de investimento mobiliários representavam, respetivamente, 30% e 15%. O total de ativos dos OIC aos quais o Banco Invest presta o serviço de custódia ascendiam a 1,4 mil milhões de euros no final do ano passado.

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COVID-19 e perspetivas para 2020

Atendendo à data de publicação do relatório, a entidade bancária não quis deixar de remeter uma pequena nota sobre os efeitos da pandemia e as suas implicações nas operações para o ano atual. “Em consequência do estado de emergência decretado pela maioria das economias mundiais e das medidas de confinamento da população implementadas pela maioria dos países afetados, é previsível uma quebra generalizada do PIB mundial e nomeadamente do PIB português”, preveem.

Contudo, o banco afirma ainda que, dadas as “medidas tomadas pelos Bancos Centrais de injeção de liquidez e de estabilização de preços, as políticas de apoio às empresas e aos particulares” e ainda “a elevada liquidez e solvabilidade do Banco Invest, prevê-se uma quebra de resultados para 2020, estando porém assegurado o normal desenvolvimento da sua atividade”.