O Barclays acaba de anunciar a definição das áreas core de negócio do grupo, sendo que essas mudanças acontecerão nas áreas do retalho e de Business Banking, na Europa, o que inclui Portugal e ainda Espanha, Itália e França.
Segundo o que é comunicado oficialmente pela entidade na sua página, numa comunicação feita pelo próprio CEO do Barclays, Antony Jenkins, os ativos non-core da entidade, que "não são estrategicamente importantes para o banco no atual contexto", tomarão outro rumo por "não oferecerem retornos ajustados numa escala efectiva, no médio prazo". Em cima da mesa estarão várias opções de negócio que serão atempadamente analisadas.
Com o objectivo de se reposicionarem, rebalancearem e simplificarem a sua estrutura, o grupo irá focar-se em 4 áreas core: banca pessoal e corporate que passará por uma combinação, no Reino Unido, conforme diz no comunicado, da banca de retalho, de empresas e ainda wealth de forma a que haja uma sinergia entre estas áreas de negócio. Igualmente, o Barclaycard, visto como um negócio altamente rentável e com grande potencial de diversificação internacional e, ainda, o reforço da presença bancária em África. Da banca de investimento uma parte é inserida neste novo reposicionamento já que se trata de um negócio focado nos retornos, que oferecerá aos seus clientes determinados produtos como acesso ao mercado de ações e crédito de uma forma mais eficaz. Contudo, demonstram a intenção de saída de ativos non-core, dentro do investment banking, tais como commodities físicas (exceto metais preciosos) e outros elementos transacionáveis, incluindo mercados emergentes e derivados non-standard.
A Funds People apurou, ainda, que, em Portugal, a parte de wealth management na qual se inclui a gestora de fundos não será afectada, muito embora a área de private banking que, desde janeiro deste ano, deixou de fazer parte do Barclays Wealth, poderá, em conjunto, com o segmento premier e banca de retalho estar incluído nas áreas non-core. Situação aparentemente diferente existe em Espanha onde a estrutura do wealth inclui além da gestora, a banca privada e, por isso, serão expectáveis outros cenários.
Segundo a entidade, todo o processo será gradual e terá em conta os interesses dos clientes além de que o objetivo do Barclays de construir um Banco Premier forte na Europa se mantém inalterado.