Na ante-câmara da reunião do BCE o Euro/Dolar atingiu o ponto mais baixo do ano, tendo sido cotado abaixo dos 1.23. O par mantém a pressão em baixa e somente Draghi ao prometer e não cumprir, aliviou um pouco a pressão à baixa. A pressão vendedora de euros acentuou-se com a divulgação do PMI de serviços da EMU que atingiu o ponto mais baixo do ano.
Estes dados europeus surgem numa má altura, dado que o ISM nos Estados Unidos atingiu o ponto mais alto em quase uma década e Mario Draghi novamente prometeu e nada de efetivo trouxe ao mercado.
Mario Draghi adiou para a próxima reunião mais detalhes sobre o QE, confirmando que existe vontade de agir, mas para já não irá avançar com detalhes. O mercado reagiu negativamente, penalizando o mercado de renda variável e valorizando o Euro. O preço da energia foi um dos aspectos mais importantes abordados por Draghi. Apesar de ter um impacto muito positivo em vários sectores de actividade, tem também um impacto directo sobre a inflação.
Segundo Draghi já se nota algum impacto dos leilões de liquidez à banca apesar da procura menor que o esperado no primeiro leilão de TLTRO, uma semana antes do segundo leilão que terá lugar a 11 de dezembro.
Basicamente o BCE voltou a falar e a não agir. A sombra Alemã continua a pesar sobre a cabeça dos responsáveis Europeus, e o mercado irá encarregar-se de provar que esta é a maneira errada de fazer as coisas.
(Imagem: European Parliament, Flickr, Creative Commons)