BNP Paribas AM protagoniza um novo marco na distribuição de fundos através do uso de blockchain

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Solo Treadmill, Flickr, Creative Commons

Enquanto a bitcoin capta toda a atenção dos participantes no mercado, o negócio da gestão de ativos tem optado por se focar em explorar as possibilidades que a tecnologia por detrás desta criptomoeda, conhecida como blockchain, proporciona para a distribuição de fundos. Assim, a BNP Paribas AM acaba de comunicar que, no final do ano, completou com êxito a transação de fundos através da filial do depositário da empresa, BNP Paribas Securities Services.

O depositário desenvolveu um programa de implementação de blockchain conhecido como Fund Link. Foi executado com a colaboração da FundsDLT, uma plataforma descentralizada que aplica esta tecnologia para o processamento de transações de fundos, resultado da colaboração entre a Fundsquare (a base de dados da Bolsa de Luxemburgo), InTech (subsidiária do POST Group) e KPMG Luxemburgo. Trata-se da mesma plataforma à qual recorreu a Natixis IM para efetuar a primeira transação de um fundo de investimento com blockchain da história. A operação foi completada com êxito em julho do ano passado, quando a gestora conseguiu adquirir participantes de fundos comercializados pela própria através do uso de blockchain.

A novidade que surge da transação da BNP Paribas AM é o facto de o seu teste ter demonstrado que o Funds Link é capaz de conectar-se com outros blockchains, “abrindo a porta a um novo modelo de interoperabilidade e constituindo-se como um marco para a distribuição de fundos”, indicam na gestora. A transação englobou todas e cada uma das partes do processo de venda de um fundo, desde o envio da ordem ao próprio processamento da operação, convertendo a gestora numa das pioneiras na integração desta tecnologia nas suas plataformas core.

Fabrice Silberzan, diretor de operação da BNP Paribas AM, destacou que esta conquista permitirá que “os investidores beneficiem da redução do tempo de duração da operação”, enquanto que a própria gestora pode obter vantagens de “um sistema mais polido e simplificado pela tecnologia e relevante para todos os tipos de fundos e geografias”. Arnaud Claudon, responsável de gestores da BNP Paribas AM, comenta que este êxito “é um marco no nosso projeto Fund Link, pois demonstra a interoperabilidade da nossa plataforma, algo que será importante para nós daqui para a frente”. Claudon indica que a transação é a continuação do trabalho iniciado pela empresa no início do ano e que “está totalmente em linha com o nosso objetivo de co-criação com sócios externos e o mercado em geral”.