O investimento em Portugal tem sido o mais rentável do ano, e dentro das ‘investidas’ em ações nacionais, podemos encontrar sete fundos PPA. Análise dos mais rentáveis nos primeiros onze meses do ano.
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São quase duzentos os produtos que compõem o mercado nacional de fundos de investimento, investindo numa grande panóplia de temas e através de vários instrumentos financeiros. A APFIPP divide o mercado em cerca de três dezenas de categorias consoante a tipologia de investimento. Dentro dessa mescla de segmentos, encontramos os Fundos Poupança Acções que juntam os produtos que “financiam Planos Poupança em Acções (PPA) de acordo com o Decreto-Lei n.º 204/95, de 5 de Agosto”, ou seja, que apenas podem investir em “acções e títulos de participação cotados em bolsa de valores nacional”; em “unidades de participação de fundos de investimento mobiliário cujo património seja constituído por um mínimo de 50% de acções cotadas na bolsa de valores nacional”; e ainda em “numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações no mercado monetário interbancário”.
De acordo com a Associação, este segmento nos primeiros onze meses do ano regista uma rendibilidade média de 13,12%, ficando apenas atrás dos fundos de ações nacionais que obtêm uma valorização média de 14,36%. No entanto, destaque para o facto destas rendibilidades (dos PPA) serem iliquidas de impostos.
A categoria dos fundos PPA engloba seis produtos que estão sob responsabilidade de cinco entidades gestoras. A liderança, em termos de rendibilidade, vai para o BPI Poupança Acções (PPA) da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. No final do mês de novembro o seu património ascendia a 1,7 milhões de euros e a rendibilidade nos primeiros onze meses do ano atingiu 17,97%. Os cinco maiores investimentos em carteira, no final de outubro, representavam quase metade do investimento, com um futuro sobre o principal índice bolsista nacional – PSI-20 – a liderar as posições, sendo seguido das cotadas NOS, Sonae SGPS, BCP e EDP Renováveis.
Na casa dos 17% de ganhos em 2015, ainda podemos encontrar um outro produto: o Caixagest PPA. Sob gestão da Caixagest, o fundo atinge ganhos de 17,53% no período em questão e gere um património de 2,67 milhões de euros. O maior investimento em carteira é realizado à semelhança do produto anterior num instrumento derivado, mais concretamente, um futuro sobre o PSI-2. Seguem-se investimentos na Portucel, Sonae SGPS, EDP Renováveis e Banco BPI. Estes cinco investimentos representam mais de metade do valor aplicado em carteira.
Dois dígitos com forte presença
As rendibilidades de dois dígitos continuam a dar que falar nesta categoria, com mais um fundo em destaque. No caso, trata-se do NB Poupança Ações da GNB Gestão de Ativos. Sob responsabilidade de José Valente, o fundo regista uma valorização nos primeiros onze meses do ano de 11,18%. No final do mês passado atingia um volume sob gestão de 1,8 milhões de euros com os maiores investimentos em carteira a serem realizados num ETF que segue o PSI-20, seguido de ações dos CTT, do BCP e ainda da Sonae SGPS. De acordo com a publicação mensal da entidade sobre o fundo, foi a “exposição significativa à Sonae SGPS e à Portucel” que ajudaram o produto a conseguir maiores rendibilidades.
Neste rol de produtos e com resultados assinaláveis, encontra-se mais um fundo de investimento, no caso o Santander PPA. O fundo fica muito próximo dos 10% de rendibilidade nos primeiros onze meses do ano e pertence à Santander Asset Management. O seu património, no final de novembro, superava os 3,2 milhões de euros e os maiores investimentos são semelhantes aos dos fundos mencionados anteriormente. A maior posição em carteira é um futuro sobre o PSI-20, seguido de ações da NOS, Galp Energia, Sonae SGPS e Portucel.
Fundos de pensões também em destaque
A lista dos produtos fica completa com dois fundos de pensões: o NB PPA e ainda o PPA Acção Futuro.O primeiro é da GNB Gestão de Ativos e tal como o NB Poupança Ações é gerido por José Valente. A sua rendibilidade nos primeiros onze meses é de 11,08% e geria, no final do mês passado, cerca de 100 mil euros. O sector preferido de investimento é o consumo cíclico, seguido das utilities e dos basic materials.
Relativamente ao outro produto, este está sob responsabilidade da Futuro e alcança uma rendibilidade no período em análise de 10,99%. No final de novembro contava com mais de 1,7 milhões de euros em património e entre os maiores investimentos observa-se a presença da Galp Energia, Portucel e Sonae SGPS.
Os fundos PPA em 2015
Fundo | Gestora | Rendibilidade 2015 (%) * |
---|---|---|
BPI Poupança Acções (PPA) | BPI Gestão de Activos | 17,97 |
Caixagest PPA | Caixagest | 17,53 |
NB Poupança Ações - PPA | GNB Gestão de Ativos | 11,18 |
F.P. NB - PPA | GNB Gestão de Ativos | 11,08 |
F.P. PPA Acção Futuro | FUTURO | 10,99 |
Santander PPA | Santander Asset Management | 9,98 |