Dentro de dois meses, aproximadamente, o maior banco de custódia do mundo começará a oferecer serviços de liquidação e compensação às actividades de banca comercial e administração de activos que já tem no Brasil.
Inicialmente, a entidade oferecerá serviços de custódia a investidores não residentes no Brasil e a fundos de 'private equity', assim como serviços de recepção de depósitos, garantia e agência. "Não queremos ser um banco de retalho", afirma Gerald Hassell, presidente executivo da BNY Mellon. "Queremos prestar serviços a investidores profissionais e institucionais".
A BNY Mellon conta com uma equipa de mais 500 colaboradores nos escritórios do Rio de Janeiro e São Paulo. Actualmente ocupa uma posição de destaque no mercado local de gestão de activos, com mais de 11.000 milhões de dólares sob gestão.
Mais entidades a chegar
A BNY Mellon acompanha a entidade sul-coreana Woory Bank, que também recebeu recentemente a autorização para operar no gigante latino-americano. O objectivo é aproveitar a forte migração de cidadãos sul-coreanos que chegam ao país, facilitando-lhes serviços comerciais e de investimento.
Os profissionais consideram que é muito provável que continuem a chegar novas entidades ao Brasil. Ricardo Kovacs, analista sénior da agência de 'rating' Moody's, explica que a principal razão deste auge está no facto dos bancos europeus continuarem a reduzir a sua influência na América Latina devido à crise económica, e os bancos asiáticos, especialmente os chineses, procuram territórios onde desenvolver os seus projectos de expansão. Isto para além da América Latina apresentar muitas oportunidades.
O Banco Central de Brasil indicou no último relatório sobre a estabilidade financeira do país que "o mercado local continua a ser atractivo para o capital estrangeiro. A participação relativa das entidades estrangeiras em relação ao total do sector financeiro aumentou 35% em Dezembro de 2011 e 36% em Junho de 2012.