Brasil: cenário mais desafiante em 2013 do que em 2012

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stef.frigerio, Flickr, Creative Commons

O último Panorama revelado pela ANBIMA com dados relativos a novembro, revela que o agravamento das expectativas no cenário doméstico teve consequências no desempenho dos principais indicadores de renda fixa e de renda variável e, consequentemente, na indústria de fundos.

Segundo as informações dadas conhecer  pela Associação, existiram vários factores a condicionar a indústria: desde as incertezas relacionadas com o quadro fiscal e  comportamento da inflação, à expectativa de retirada de estímulos monetários na economia norte-americana.  A parte longa  da curva de juros foi pressionada no mês de novembro, o que levou a um recuo do IMA-Geral e do IMA-B de 1,41% e 3,59%, respetivamente.

Fundos renda fixa índices prejudicados

Embora os fundos de renda fixa tenham conseguido um desempenho positivo no mês em causa, os fundos renda fixa índices saíram prejudicados  por causa  da sua exposição ao IMA-B, tendo recuado após dois meses consecutivos de retornos positivos.

No Panorama da entidade pode ler-se que “a avaliação do risco e retorno de alguns fundos mostra que o cenário de 2013  tem-se sido mais desafiante do que o de 2012, onde a maior parte dos fundos registou rentabilidades elevadas e menor volatilidade”.

Long and short estáveis

A maior expressividade deste facto é demonstrada precisamente pelos fundos renda fixa índices. Em 2012 registavam uma valorização de 21,31%, enquanto em 2013 acumularam perdas. No que diz respeito aos fundos ações livre, apesar da queda no seu retorno, têm sido constantes ao nível da volatilidade.

Como tem sido referido nas várias notícias relativas ao Brasil, o grande destaque do ano vai para os fundos long and short que durante este ano apresentam já uma rentabilidade de 9,77%, enquanto nos últimos 12 meses somam 10,96% de retorno. Desta forma, este tipo de fundos tem mostrado grande consistência tanto em 2012 como neste ano que agora termina.