É a operação de que se fala no país vizinho. O CaixaBank e o Bankia – respetivamente terceiro e quarto maiores bancos espanhóis – confirmaram esta quinta-feira à noite, através de dois eventos relevantes remetidos à CMVM espanhola (CNMV), que iniciaram contactos para analisar uma operação de fusão entre ambas as entidades.
O anúncio chega poucos dias depois do vicepresidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, ter pedido uma maior concentração no setor bancário europeu e espanhol para melhorar os dados de rentabilidade que podem ser muito afetados pelo impacto da pandemia de COVID-19.
A fusão entre os dois bancos daria lugar à maior entidade bancária espanhola, com ativos de 650.000 milhões de euros, 6.600 escritórios e 51.000 funcionários. Por outro lado, a operação entre ambas as entidades consolidaria como líderes em gestão de ativos e na segunda posição do ranking de Banca Privada do país vizinho.
As cotações de ambas as entidades dispararam na abertura do mercado esta sexta-feira em resposta ao anúncio. Até ao momento em que este artigo é escrito, o Bankia subiu mais de 25%, enquanto que as ações do CaixaBank registavam lucros de 12%.
A incursão do CaixaBank em Portugal
Em solo nacional foi em fevereiro de 2017 que o CaixaBank passou a ter a sua marca mais extensa, altura em que o Banco BPI passou para as mãos do banco espanhol, que passou a deter mais de 84% da instituição na altura liderada por Fernando Ulrich.
Uns meses mais tarde, já na reta final de 2017, o CaixaBank anunciava outra incursão dentro do BPI, nomeadamente a compra do ramo de gestão de ativos do banco, mas também do ramo homólogo que opera no Luxemburgo (BPI Global Investment Fund Management Company).