Rui Corrêa d'Oliveira, presidente da Fundação Maria Ulrich, enumera alguns pontos que considera cruciais na hora de ponderar o investimento num fundo imobiliário, principalmente ao nível da entidade gestora. Entre os quais, “a qualidade intrínseca da sociedade gestora, os seus critérios e política de gestão, a sua independência perante conflitos de interesses acionistas, que passa por terem também uma grande transparência e estarem disponíveis para ouvir as perguntas dos investidores”, apontou. Além destes, não esquece o facto dos produtos deverem apresentar “um retorno adequado, por exemplo, acima dos 4% dos ativos sem risco, e serem bem diversificados geograficamente e em termos de tipologia”.
Deixa ainda a nota de que, na sua opinião, “deve-se evitar ao máximo a tipologia habitacional, porque nos fundos provoca uma grande carga administrativa e potenciais problemas em termos reputacionais, entre outros”. Além disso, diz o presidente da Fundação Maria Ulrich, “é sempre mais fácil controlar o inquilino, sendo uma grande empresa, porque sabe-se o que se passa nas suas contas e na sua estratégia”.
Já em termos dos fatores de investimento responsável, Rui Corrêa d'Oliveira deixa a nota que a entidade que lidera está a fazer o seu caminho ESG. Contudo, o que o profissional procurou destacar foi que “o problema mais grave neste campo foi a politização do ESG”. “Toda a gente está de acordo que a sustentabilidade é desejável, mas o problema é que esta consciência, para progredir, precisa de bom senso e a sua falta nesta matéria ainda é grande e prejudica o alcançar desse objetivo”.
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