Como já foi referido noutras ocasiões, o valor administrado no âmbito da gestão individual de carteiras por conta de outrem aumentou para 63,5 mil milhões de euros no final de 2017. Segundo o regulador, “o número de intermediários financeiros a desenvolver a atividade diminuiu e a concentração no sector aumentou, sobretudo devido ao aumento da quota de mercado de duas sociedades gestoras”. O ano terminava portanto com os três maiores operadores a deter “no conjunto 68,7% dos ativos sob gestão”.
A CMVM fornece mais dados sobre este segmento: a maioria dos clientes desta atividade residiam em Portugal e, contrariamente ao verificado em 2016, “assistiu-se à redução do número de carteiras de pessoas singulares, nomeadamente residentes, porventura em consequência do redireccionamento da oferta para outros tipo de instrumentos e da diminuição das taxas de poupança e do aumento do consumo”.
Outro ponto assinalado é o facto do valor médio das carteiras das pessoas singulares ter aumentado no ano. Segundo o regulador, esta situação estará associada à “redução do número de carteiras de menor valor”. Em termos globais, dizem também, “o aumento do valor médio global das carteiras geridas é explicado pelo significativo crescimento do valor gerido por conta dos fundos de pensões”.
Fonte: CMVM, final de 2017
O perfil de risco das carteiras geridas é outro ponto assinalado com “alterações de relevo”. O Regulador assinala “um aumento do número de carteiras de baixo risco e a diminuição do número de carteiras tanto de alto como de médio risco”. A CMVM mostra que “esta evolução poderá estar associada à redução das carteiras de pessoas singulares, com o encerramento de carteiras de maior risco, ou a uma posição mais conservadora dos clientes da gestão individual ou dos respetivos gestores face à apresentada nos dois anos anteriores, onde as carteiras de baixo risco tinham diminuído o seu peso relativo”.
Composição das Carteiras Geridas por Conta de Outrem
