Cautious allocation global: mapa de rentabilidade e risco

Depois de analisarmos o mapa de rentabilidade e risco dos fundos cautious allocation, hoje olhamos para os fundos cautious allocation mas com uma abordagem global.  Contrariamente a outras análises que temos feito, no caso desta categoria, em cada um dos períodos em análise, há um fundo diferente que se destaca quando comparamos a relação entre o retorno e o risco.

Dos 11 fundos constantes na Morningstar Category ‘cautious allocation global’, apenas seis conseguem uma relação positiva entre rentabilidade e risco no prazo de um ano. Dados da Morningstar Direct de final de agosto mostram que o grande destacado a um ano é o fundo que alcança maior retorno no período – 1,66% – mas também o desvio padrão mais elevado a um ano (3,45%). Falamos do Caixagest Seleção Global Moderado, que para o período oferece 0,48% de retorno por cada unidade de risco tomada. O fundo gerido pela Caixagest é um fundo que investe, no mínimo, 2/3 do seu valor em outros fundos de investimento.  Dados do site da Morningstar mostram que nas cinco maiores posições da carteira, no final de agosto, constavam por exemplo dois ETFS: o ETF iShares € Govt Bond 1-3yr UCITS ETF e o US Treasuries UCITS ETF 2D EUR Hedged. O ETF da Ishares apresentava-se na altura como o maior componente em carteira, com 10,71% de exposição.

Fonte: Morningstar Direct, 31 de agosto 

Quando avançamos no período em análise – 3 anos – o fundo que sai salientado é outro: pertence à Popular Gestão de Activos e chama-se Popular Global 25. O fundo, tal como o antecessor, é também ele um produto que investe em fundos de investimento, sendo os Estados Unidos o seu alvo de exposição preferencial. O fundo destaca-se a três anos com um retorno anualizado de 2,22% - o mais elevado da categoria -, contudo, consegue para esse período um desvio padrão mais baixo do que um dos peers – 4,49%. Tais valores conferem-lhe a relação retorno-risco mais favorável no período, no caso 0,50. Destaque também para o IMGA Alocação Conservadora, que embora tenha um retorno mais diminuto do que outros peers de categoria (1,32%), apresenta um desvio padrão de 3,16% nos últimos três anos que lhe confere um retorno por unidade de riso de 0,42, no caso o segundo mais elevado neste período.

Fonte: Morningstar Direct, 31 de agosto 

A cinco anos, as duas melhores relações entre rentabilidade e risco são conseguidas por dois fundos da mesma casa: falamos do IMGA Poupança PPR/OICVM e o IMGA Alocação Conservadora, que alcançam um retorno por unidade de risco de 0,70 e 0,65 respetivamente. Começando pelo PPR da IMGA, é de notar que embora o fundo não seja aquele que maior rentabilidade apresenta no período – 2,38% - consegue um desvio padrão anualizado de 3,39% nos últimos cinco anos que lhe faz valer a relação entre risco e retorno mais favorável da categoria para este período. O mesmo acontece com o segundo classificado: o IMGA Alocação Conservadora não destrona outros peers no que toca a retorno – com uma rentabilidade de 2,03% nos últimos cinco anos – mas consegue um desvio padrão mais baixo do que outros dos fundos em análise, o que lhe “oferece” um retorno por unidade de risco de 0,65.

Fonte: Morningstar Direct, 31 de agosto