Há um total de seis alterações, algumas entram em vigor já este ano. São as maiores alterações ao programa desde o seu lançamento em 1963.
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O CFA Institute, a associação global de profissionais de investimento, anunciou alterações ao Programa CFA como parte dos seus contínuos esforços para o fazer evoluir.
Estas alterações abordam a forma como os candidatos de hoje aprendem e preparam as carreiras de sucesso como profissionais de investimento, ao mesmo tempo que proporcionam à indústria os profissionais éticos e bem qualificados de que tanto necessita.
As alterações
- Os módulos autónomos de competências práticas digitais serão introduzidos no Programa CFA para ensinar aos candidatos aplicações práticas no trabalho. Os módulos iniciais de competências práticas incluem Modelação Financeira para o Nível I; Competências de Analista no nível II; Fundamentais de Programação Python (Nível I ou Nível II) e Python, Ciência de Dados e Inteligência Artificial (Nível II). Estão a ser desenvolvidos módulos de competências práticas adicionais para o Nível III para a série de exames do calendário de 2025. A partir de 2024, pelo menos um módulo de competências práticas deve estar completo para cada um dos níveis I e II, mas não fará parte do exame.
- Serão introduzidos percursos especializados no Nível III a partir de 2025. Existirá um núcleo comum de estudo para os três percursos e no Nível III os candidatos poderão escolher um dos três percursos focados em competências mais específicas: a) Gestão de Carteiras (a versão tradicional do Nível III); b) Private Wealth Management; c) Mercados Privados.
Os três caminhos serão igualmente rigorosos e em busca de uma única credencial: o CFA charter.
3. Uma estratégia de acreditação digital melhorada reforçará o valor das conquistas de Nível I e Nível II para os candidatos na sua jornada pelo Programa CFA. Os comentários dos candidatos sugerem que um reconhecimento formal de terem completado os Níveis I e II seria benéfico na sua procura por estágios profissionais e por posições a tempo inteiro como indicador da seriedade do seu compromisso com uma carreira na profissão de investimento.
4. O volume de materiais de estudo será reduzido em cada nível para garantir que a preparação do candidato se mantém em cerca de 300 horas para cada exame. "Na nossa investigação, descobrimos que os candidatos de hoje passam significativamente mais de 300 horas a estudar para cada nível do programa CFA. Por isso, melhores práticas estão a ser incorporadas na planificação educativa para garantir que o conteúdo é suficiente, acessível e relevante, mantendo simultaneamente o rigor e o valor agregado do Programa CFA", dizem do Instituto. Alguns conteúdos, introdutórios que a maioria dos candidatos terá aprendido nos seus cursos superiores, irão permanecer disponíveis para os candidatos registados nos materiais preparatórios, mas não serão avaliados nos exames.
5. Materiais práticos adicionais: quando as inscrições para os exames de fevereiro de 2024 abrirem em maio, os estudantes de Nível I terão a oportunidade de comprar o Pacote Prático do Programa CFA, um novo produto que inclui 1.000 novas perguntas práticas e mais seis exames práticos de Nível I. Atualmente, os candidatos têm acesso a dois exames práticos sem custos adicionais oito semanas antes da época de exames. Com base nos inquéritos aos candidatos, foi determinado que existe uma procura significativa por mais exames e perguntas práticas do Programa do CFA Institute.
6. A elegibilidade para o exame CFA de Nível I foi prolongado por um ano àqueles que estão a dois anos de completar o seu curso universitário.
“Estas melhorias representam um marco importante para os nossos candidatos e empregadores na indústria. De facto, são as alterações ao Programa CFA mais significativas desde o seu início em 1963. Conduzimos uma extensa investigação para obter comentários diretamente dos empregadores, candidatos, possíveis candidatos e da indústria em geral para descobrir a melhor maneira de avançar os conhecimentos e competências que fornecemos aos futuros profissionais de investimento”, afirma Margaret Franklin, CFA, presidente e CEO do CFA Institute.