CGD com prejuízo de 130 milhões de euros nos primeiros nove meses

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve um resultado consolidado negativo de 130 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que compara com um lucro de 12,89 milhões de euros em igual período do ano passado, de acordo com o comunicado de contas divulgado ontem.

O banco público refere que “a envolvente económica e financeira adversa e a prossecução de uma estratégia conservadora em matéria de gestão de risco, determinaram que se mantivesse um assinalável esforço de provisionamento, o qual totalizou 1.097,4 milhões de euros”, o que penalizou os resultados; a imparidade de crédito foi de 773,7 milhões e as provisões e a imparidade de outros activos líquidos ascenderam a 321 milhões, tendo, para este último valor, contribuído “o registo de imparidades associadas à desvalorização verificada nas participações ainda detidas pela CGD, a exposição a títulos da carteira da área seguradora do grupo, e também um aumento muito significativo dos valores associados a activos não correntes detidos para venda, sobretudo imóveis”.

O banco salienta o comportamento positivo da actividade bancária, com o produto desta e da actividade seguradora a crescer 7,3% até Setembro, para 2,29 mil milhões de euros. A margem financeira recuou 15% para 1,035 mil milhões de euros e as comissões líquidas desceram ligeiros 0,05% para 376,8 milhões. O resultado bruto de exploração aumento 23,3% para 1,03 mil milhões de euros no mesmo período.

O crédito a clientes era em 80,5 mil milhões de euros no final de Setembro, menos 3,6% em termos comparáveis no período homólogo, enquanto os depósitos de clientes totalizaram 65,6 mil milhões de euros, mais 0,5% que em Setembro de 2011.

O rácio de transformação situou-se em 116,5% (o que compara com 126,5% no período homólogo), abaixo do limite de 120% para 2014.