Claudia Goldin é uma economista e académica norte-americana, professora de economia na Universidade de Harvard. Ganhou o prémio por ter apresentado a primeira descrição completa dos rendimentos das mulheres e da sua participação no mercado de trabalho ao longo dos séculos.
O Prémio Nobel da Economia deste ano foi atribuído a uma mulher. É a terceira vez na história deste prémio. A Academia Sueca de Ciências Económicas atribuiu a Claudia Goldin este prémio, que reconhece o trabalho daqueles que contribuíram de uma forma decisiva para o avanço neste domínio. Trata-se de uma economista e académica americana, professora de economia na Universidade de Harvard, que foi presidente da associação norte-americana de economia durante o ano letivo 2013-2014.
O prémio foi atribuído a Claudia Goldin por ter apresentado a primeira descrição dos rendimentos das mulheres e da participação no mercado de trabalho ao longo dos séculos. “A sua investigação revela as causas da mudança, bem como as principais fontes da disparidade de género que ainda subsiste”, explica a Academia sueca. A norte-americana, apoiando-se em documentos de distintos arquivos, compilou mais de dois séculos de dados dos Estados Unidos para mostrar como e porquê as disparidades de género nos rendimentos e nas taxas de emprego mudaram ao longo do tempo.
Uma vez analisados os dados, Claudia Goldin conclui que a disparidade salarial entre mulheres e homens se deve a questões educativas e ao nascimento do primeiro filho. “As mulheres estão muito sub-representadas no mercado de trabalho mundial e, quando trabalham, ganham menos do que os homens”, refere a Academia. De acordo com o estudo realizado pela galardoada, parte da explicação para as significativas disparidades salariais entre homens e mulheres reside no facto de as decisões educativas, com impacto ao longo na vida nas oportunidades profissionais, serem tomadas numa idade relativamente jovem.