A entidade supervisora realça no Relatório Anual Sobre os Mercados de Valores Mobiliários a importância do crescimento da comercialização de fundos estrangeiros em Portugal.
O ano de 2017 foi novamente positivo para o valor administrado por organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) estrangeiros comercializados no mercado português e a CMVM dá destaque a isso mesmo no Relatório Anual Sobre os Mercados de Valores Mobiliários. “Esta evolução foi acompanhada do incremento do número de OICVM e de sub-fundos comercializados, e resulta do aumento do valor das UPs e do crescimento das subscrições líquidas de resgates (que atingiram 107 milhões de euros em 2017). As aplicações efetuadas nestes fundos comercializados em Portugal ocorreram em todas as tipologias, embora tenham sido mais acentuadas nos fundos cujas carteiras são focadas no investimento em outros ativos (mercado monetário, mercadorias e alternativos)”, pode ler-se no relatório.
A CMVM comenta também que “no âmbito da integração do mercado de capitais da União Europeia (Capital Markets Union), o crescimento do número de fundos estrangeiros comercializados em Portugal contribui para aumentar a ligação entre poupança, investimento e crescimento económico, e proporciona um leque de opções mais alargado a agentes económicos com capacidade e com necessidade de financiamento”.

Participantes
Segundo a entidade supervisora, o valor médio investido por participante era de 18,2 mil euros no final do ano, “superior ao correspondente para os OICVM nacionais (+ 5,8 mil euros). O aumento do diferencial entre estes valores médios indicia que os participantes dos OICVM nacionais e estrangeiros comercializados em Portugal são oriundos de segmentos da população distintos”.