CMVM: Seguradoras e fundos de investimento aumentam a sua quota de valor investido nos OICVM

pessoas, crowd
jacek-dylag-unsplash

No Relatório Anual Sobre os Mercados Financeiros divulgado pela CMVM, a entidade comenta a evolução do número de participantes em OICVM nacionais no ano de 2018. Mais especificamente, comenta que, após ter crescido significativamente no ano anterior e atingido o valor mais elevado desde setembro de 2011, o número de participantes em OICVM voltou a cair em 2018. De notar que são considerados participantes cada um dos detentores de UPs de OICVM nacionais por cada organismo de investimento distinto.

O regulador dos mercados destaca que esta redução ocorreu na maior parte das tipologias de fundos, com exceção dos fundos de ações e dos FPR. O valor médio investido por participante reduziu-se, assim, para 11,5 mil euros no  final do ano, tendo aumentado apenas nos fundos do mercado monetário e nos  flexíveis.

Captura_de_ecra__2019-07-26__a_s_10

Segundo o relatório, as pessoas singulares detinham 88,4% do valor sob gestão dos OICVM, com um valor médio por participante de 10,4 mil euros. “O valor médio investido por pessoa singular diminuiu, dado que a redução do valor sob gestão foi superior à do número de participantes. A relevância dos fundos de pensões e das ‘outras pessoas coletivas’ também diminuiu; todavia, no caso dos fundos de pensões assistiu-se ao aumento do valor médio por participante (10 milhões de euros no  final do ano) em resultado da queda expressiva do número de participantes. Ao invés, as companhias de seguros e os fundos de investimento aumentaram a sua quota de valor detido dos OICVM, no primeiro caso com um crescimento significativo do valor médio (para 4,4 milhões de euros) e, nos fundos de investimento, com uma diminuição relevante desse valor médio. Em ambos os casos, esta evolução esteve associada à alteração do número de participantes, o que poderá encontrar explicação na passagem de titularidade de carteiras entre companhias de seguros e fundos de investimento integrados no mesmo grupo  financeiro”.