Comercialização de fundos estrangeiros em Portugal não escapou ao trimestre negativo

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Créditos: Thomas Ashlock (Unsplash)

Depois de ultrapassada a barreira dos 7 mil milhões de euros, neste segundo trimestre de 2022, o montante em OICVM estrangeiros no mercado nacional diminuiu. De acordo com o relatório trimestral de gestão de ativos publicado pela CMVMo valor decresceu 10,2% de março a junho deste ano, fixando-se nos 6.452 milhões de euros - um valor próximo do montante global sob gestão registado em junho de 2021.

Já o número de entidades comercializadoras em Portugal de OICVM estrangeiros manteve-se; contudo, o número de fundos estrangeiros comercializados também diminuiu no período em análise, para 159 produtos.

A entidade que maior quota de mercado apresenta é o ABANCA, com 18,8%, resultante de um volume de ativos comercializado de cerca de 1.212 milhões de euros. Imediatamente a seguir surgem o Millennium bcp com 13,7% (volume de 886 milhões de euros) e o Banco BPI com 12,6% (volume de 815 milhões de euros). Destas três entidades, em termos trimestrais, apenas a líder de mercado não registou um decréscimo na sua quota de mercado. Contudo, todas estas três viram os seus montantes alocados descerem. De facto, o Banco BPI foi a entidade cuja quota de mercado mais decresceu em pontos percentuais desde o primeiro trimestre.

Por outro lado, é de notar o crescimento trimestral e anual do Novo Banco, crescendo cerca de 0,58 p.p. a sua quota de mercado este último trimestre e 4,2 p.p. no último ano. Esta entidade figura agora com uma preponderância de mercado de 9,5%, com um montante alocado de 610 milhões de euros.

Entre as 19 entidades comercializadoras, apenas a Corum AM viu o seu montante alocado crescer, mais precisamente de 30 para 34 milhões de euros.

Quota de mercado por entidade comercializadora

Fonte: CMVM, Indicadores trimestrais de gestão de ativos – 2º trimestre de 2022

Recentemente, a FundsPeople apresentou-lhe com mais detalhe a configuração deste mercado em 2021, destacando o número de participantes e as subscrições líquidas de OICVM estrangeiros.