Como é que os investidores de ETFs reagiram no mês de eleições nos EUA?

ETF_mundo_
Terra Nova Fondation, Flickr, Creative Commons

No passado mês de novembro, João Graça, do ActivoBank, conta que o posicionamento “em ETFs demonstrou uma clara mudança de posicionamento consequência dos resultados das eleições norte-americanas”. Segundo o profissional “esse posicionamento claramente bullish para o mercado norte-americano com o aumento expectável do protecionismo da economia, tenderá a beneficiar as PME’s o que levou ao aumento da negociação de ETF’s sobre estes títulos”. Em sentido contrário com a rápida recuperação dos mercados acionistas, “adotar uma posição curta sobre o setor da extração de ouro foi até esta altura uma aposta ganha”. Os mercados emergentes, por seu lado, “continuam a reservar um lugar nas preferências dos investidores de ETFs em particular a China”.  Na Europa, por sua vez,  “o principal ETF para refletir a aposta na contínua recuperação é o Lyxor ETF LevDax assente sobretudo na continuação do QE por parte do BCE”.

 

Do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, explica que em novembro “o foco voltou ao investimento em ações, como espelha o regresso do ETF sobre o S&P 500 que voltou ao top após 6 meses de ausência, e logo para a liderança”. Tal como o nome do produto indica “este ETF tem como objetivo o investimento nas 500 maiores companhias dos EUA, e em mês de eleições este produto com a componente hedged que permite o investimento a 100% no mercado americano com cobertura do risco cambial foi o mais procurado pelos investidores”. O segundo ETF a angariar a atenção dos investidores foi o iShares Gold Producers UCITS ETF USD (Acc) GBP, “que procura acompanhar o desempenho do S&P Commodity Producers Gold Index que oferece exposição às maiores companhias envolvidas na exploração e produção de ouro e produtos relacionados”. No terceiro lugar desta listagem destacam o iShares J.P. Morgan $ EM Bond EUR Hedged UCITS ETF (Dist), que “além da componente de distribuição, é também um produto que visa acompanhar as obrigações de países emergentes mas com a cobertura cambial para reduzir o impacto das flutuações das moedas base dos constituintes face à moeda do fundo”. Aquele que em meses anteriores tem sido o ETF “recorrentemente o mais transacionado pelos investidores, foi o quarto ETF mais negociado”. Falamos do iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist). Por fim, destaque para o iShares Core MSCI World UCITS ETF EUR, que “para além de ter a componente de distribuição oferece ainda a possibilidade de investimento direto numa grande diversidade de empresas dos países mais desenvolvidos do mundo”.