Como está dividido o mercado mobiliário nacional?

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O ano de 2016 fechou e a CMVM já fez o balanço do segmento da Gestão de Ativos. De acordo com o regulador, "o valor dos ativos sob gestão individual e coletiva de carteiras em Portugal atingiu 90.213,1 milhões de euros no quarto trimestre de 2016, menos 803,2 milhões do que no trimestre anterior e 6.970,9 milhões do que no período homólogo de 2015".

Segmentando, verificamos que o montante dos ativos sob gestão individual fechou 2016 com um total de 61.944,6 milhões de euros enquanto que o "valor gerido pelos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM), fundos de investimento alternativo (FIA), fundos de investimento imobiliário (FII), fundos especiais de investimento imobiliário (FEII), fundos de gestão do património imobiliário (FUNGEPI) e fundos de titularização de créditos (FTC) totalizou 28.268,5 milhões de euros". É precisamente na primeira parte deste último segmento que nos vamos centrar: os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) e ainda os fundos de investimento alternativo (FIA).

No final do ano passado estes dois segmentos totalizavam, segundo a CMVM, mais de 11.100 milhões de euros em ativos sob gestão, o que representa um acréscimo de 3,7% face ao final do terceiro trimestre do ano. Em termos anuais, o valor decresceu mais de 7%, já que fechou o ano de 2015 com um montante próximos dos 12.000 milhões de euros. Também no número de fundos disponibilizados pelas entidades nacionais, houve um decréscimo: no final de 2015 eram 191 os fundos disponíveis para investir, enquanto que o final de 2016 o número reduziu-se para 174 fundos.

Como está dividido o mercado mobiliário?

A CMVM divide os fundos mobiliários em sete categorias, com cinco delas a gerirem mais de mil milhões de euros. De todas, aquela que junta mais ativos sob gestão é a categoria que junta os "Outros Fundos", que supera os 3.400 milhões de euros, divididos por 37 fundos mobiliários. Já a categoria que tem mais fundos de investimento é a que agrega os fundos de ações: no final de dezembro existiam 49 fundos de ações em Portugal, que totalizavam pouco mais de mil milhões de euros.

Em termos de crescimento anual, foi também no segmento de "Outros Fundos" que ocorreu o maior incremento. Durante 2016, esta categoria cresceu mais de 15%, o que em termos monetários representa uma aumento a rondar os 500 milhões de euros. Do lado oposto, o segmento que mais caiu no decorrer do ano passado foi o que junta os fundos do Mercado Monetário, com um decréscimo de quase 29%, para cerca de 1.300 milhões de euros.

A divisão do mercado mobiliário em Portugal

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Fonte: CMVM no final do ano passado.