Como fechou fevereiro a alocação agregada dos fundos mobiliários nacionais?

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BGDL, Flickr, Creative Commons

Com base em dados compilados pela Associação Portuguesa de Fundos Pensões e Património (APFIPP), mostramos o posicionamento do agregado dos fundos nacionais no momento que antecedeu alguns dos movimentos de mercado mais abruptos que se deram nos ativos de risco. Observamos assim como estavam posicionados os investidores em fundos domiciliados em Portugal no final do mês em que os mercados começaram a incorporar nos preços os riscos inerentes à expansão global do vírus COVID-19.

E começando pelo ativo tipicamente mais volátil, as ações, vemos que de um total de 13,26 mil milhões de euros, os investidores estavam expostos à classe de ativos em praticamente 3 mil milhões de euros (fundos de ações e investimento direto), ou 22% do total. Com base no ETF Monitor da Dolat Capital de dia 27 de março de 2020, esta classe de ativos - medida pelos ETFs selecionados - apresenta retornos year to date entre -12,95% e -25,82%.

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Já nas obrigações corporativas e outras não soberanas, um dos segmentos de ativos que mais tem sofrido desde o final de fevereiro, com o alargamento dos spreads de crédito, a alocação direta configurava-se em cerca de 4 mil milhões de euros ou 30%. E porque nem a dívida pública tem escapado à volatilidade - muito embora esteja a mostrar a sua vertente defensiva -, esta representava cerca de 1,5 mil milhões de euros ou 11% das carteiras agregadas. A soma destas duas classes de ativos por investimento direto com a exposição de 2 mil milhões de euros a fundos de obrigações totaliza um montante de 7,5 mil milhões de euros de exposição ao segmento obrigacionista (57% do total de AuM).

AA